A disputa por recursos naturais promete ser uma das grandes brigas das próximas décadas.
Uma delas já começou e diz respeito ao Rio Mekong, que nasce no Tibet e corta China, Tailândia, Laos, Camboja e Vietnã. O Mekong é fonte primordial de água e alimento para mais de 65 milhões de pessoas.
A China já construiu quatro usinas hidroelétricas no rio e pretende erguer outras quatro nos próximos anos. O Laos também se sentiu no direito de explorar o potencial de geração de energia do Mekong e anunciou que irá construir 11 usinas nele.
Diante disso, ambientalistas e os governos dos demais países da região começaram a discutir como frear essas iniciativas para preservar os recursos do rio. Se esse processo não for bem conduzido, toda a estabilidade política da região está ameaçada.
A partilha dos recursos naturais também está sendo uma das discussões mais acaloradas da Conferência das Partes (COP 10) da Convenção sobre Diversidade Biológica.
Representantes de dezessete países com rica biodiversidade, incluindo Brasil, Quênia e China, que juntos reúnem 70% das espécies do planeta, estão forçando a adoção pela comunidade internacional do “protocolo de acesso e divisão dos benefícios” (access and benefit-sharing – ABS).
O Brasil deixou claro que não assinará metas globais para proteção da biodiversidade sem um acordo das Nações Unidas que garanta aos países em desenvolvimento uma parte mais justa dos lucros com os seus recursos genéticos.
É preciso que essas reuniões internacionais realmente estabeleçam regras claras para a divisão justa dos recursos naturais e assim evitem que as disputas diplomáticas se transformem em conflitos armados.
Fonte: Portal Carbono Brasil
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