O governo brasileiro encheu o peito e cresceu nas negociações internacionais ao anunciar metas voluntárias maiores do que muitos países ricos têm colocado na mesa até agora e exibir uma queda histórica no desmatamento da Amazônia. Pena foi ver o tom eleitoreiro envolvendo tais ações, já que é clara a tentativa do presidente Lula de "esverdear" a sua candidata para as eleições do próximo ano, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Quem acompanha seu trabalho sabe que ela esteve sempre a frente nos embates entre desenvolvimentismo X ambientalismo, tendo o PAC como carro-chefe.
Fora isso, Lula, que acertou com Sarkozy uma "bíblia climática" , pode sim exercer um papel de liderança na Conferência do Clima de Copenhague, que começa em pouco mais de duas semanas. Contudo, o complicado jogo político ganha novos capítulos a cada dia. Primeiro Barack Obama e Hu J intao, junto com outros líderes da APEC, dizem que será difícil fechar um acordo ainda neste ano. Hoje, em uma nova reunião na China, parecem ter mudado de idéia e Obama declara que Copenhague deve resultar em um acordo com "efeito operacional imediato".
Entre jogos de palavras, evitar conseqüências dramáticas das mudanças climáticas para milhões que estão bem longe dos palácios governamentais não parece ser a prioridade no momento. Aliás, a conta vai ser muita cara!
Tenha uma boa leitura!
Equipe CarbonoBrasil
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