Analista Técnico em Gestão de Desenvolvimento Sustentável. Consultor em Meio Ambiente e Energias Alternativas. Parceria com a Senso Consultoria e Representante da Brasil Ecológico Energia Solar para SC.
quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
Receita de ano novo
Para você ganhar belíssimo Ano Novo - cor do arco-íris, ou da cor da sua paz, Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido (mal vivido talvez ou sem sentido) para você ganhar um ano não apenas pintado de novo, remendado às carreiras, mas novo nas sementinhas do vir-a-ser; novo até no coração das coisas menos percebidas (a começar pelo seu interior) novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota, mas com ele se come, se passeia,se ama, se compreende, se trabalha, você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita, não precisa expedir nem receber mensagens (planta recebe mensagens?passa telegramas?) Não precisafazer lista de boas intenções para arquivá-las na gaveta. Não precisa chorar arrependido pelas besteiras consumidas nem parvamente acreditar que por decreto de esperança a partir de janeiro as coisas mudem e seja tudo claridade, recompensa,justiça entre os homens e as nações, liberdade com cheiro e gosto de pão matinal, direitos respeitados, começando pelo direito augusto de viver. Para ganhar um Ano Novo que mereça este nome,você, meu caro, tem de merecê-lo,tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil, mas tente, experimente, consciente. É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre. Receita de ano novo (Carlos Drummond de Andrade)
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
Veja a charge
Copie e cole:
http://charges.uol.com.br/2009/12/10/obama-e-hu-jintao-pode-vir-quente-que-eu-estou-fervendo/
http://charges.uol.com.br/2009/12/10/obama-e-hu-jintao-pode-vir-quente-que-eu-estou-fervendo/
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
Brasil fez mais do que esperavam na COP-15, diz Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje (21) que o Brasil “fez mais do que qualquer um esperava” na Conferência do Clima de Copenhague (COP-15), que terminou no sábado (19). Segundo Lula, um dos aspectos que contribuíram para a falta de um acordo formal na conferência foram os pontos sugeridos pelos países ricos de redução dos valores no fundo de ajuda aos países pobres, a verificação dos limites para redução de emissão de CO2 e a intenção de considerar a China como país desenvolvido.
Além disso, segundo Lula, a Bolívia e a Venezuela se retiraram do evento e deixaram seus delegados para votar contra a proposta dos países em desenvolvimento. “Se a gente tivesse negociado um mês antes, teríamos feito um acordo. Fizemos o melhor projeto, mas os países não evoluíram porque estavam reféns da proposta americana”, comentou.
Lula reclamou dos valores que serão dados pelos países ricos ao fundo de ajuda aos países pobres. “Quando vemos que os países ricos estão dispostos a dar US$ 10 bilhões até 2020, pensamos que é muito. Se for calcular, dá menos de US$ 330 milhões para cada um. E os países ricos achavam que estavam fazendo um gesto magnânimo aos pobres”, disse.
“Queremos que os governos assumam a responsabilidade de dar dinheiro com o aval do Tesouro. Se o mercado quiser contribuir é lucro”, completou.
O presidente disse esperar que no encontro do México, no ano que vem, um acordo seja fechado. “Desde que cada país continue empenhado nesse objetivo”, afirmou.
(Fonte: Priscilla Mazenotti - Agência Brasil )
Mesmo sem unanimidade, ONU “toma nota” do Acordo de Copenhague

Terminou oficialmente neste sábado, 19 de dezembro, a 15a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, que teve como principal resultado o “Acordo de Copenhague”, elaborado por um alguns países na noite de sexta-feira e formalmente aceito pela ONU.
Sem aprovação unânime, o acordo terá como anexo uma lista de países contrários a ele. A iniciativa de “tomar nota” foi a saída encontrada para que o documento tenha status legal suficiente e seja funcional, sem que seja necessária a aprovação pelas partes.
Segundo o jornal dinamarquês ‘Berlingske”, o presidente COP15, primeiro-ministro dinamarquês Lars Løkke Rasmussen, está satisfeito com desfecho. “Temos conseguido resultados. Agora, as nações terão que assinar o acordo, e se o fizerem, o que foi acordado terá efeito imediato”, destacou.
O otimismo do primeiro-ministro dinarmaquês não é o mesmo de muitos líderes. O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, já na tarde da sexta-feira, 18/12, havia anunciado sua frustração com a conferência do clima. “Se a gente não conseguiu fazer até agora esse documento, eu não sei se algum anjo ou algum sábio descerá neste plenário e irá colocar na nossa cabeça a inteligência que nos faltou até agora”, alertou o presidente brasileiro.
Já para o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, que nos momentos finais chefiou a delegação brasileira, o acordo é insuficiente para que os países, principalmente os mais pobres, tenham condições de agir de forma efetiva.
De acordo com o texto, os países ricos se comprometeram a doar US$ 30 bilhões, nos próximos três anos, para um fundo de luta contra o aquecimento global. O acordo prevê US$ 100 bilhões por ano, em 2020. "Isso aqui é insuficiente, vamos continuar a luta pelo planeta", disse Minc.
O ministro Carlos Minc ressaltou que esse valor que será colocado no fundo até 2012 -US$ 10 bilhões por ano - é menos do que o Brasil vai gastar para atingir sua meta voluntária de reduzir em até 39% das emissões de gases de efeitos estudo, até 2020.
Ele explicou que para atingir sua meta, o Brasil vai gastar US$ 16 bilhões por ano. "Esse valor de US$ 30 bilhões para todos é menos do que o Brasil sozinho vai gastar para cumprir as nossas metas, aprovadas pelo nosso parlamento", destacou Minc.
O documento diz ainda que os países desenvolvidos se comprometeram em cortar 80% de suas emissões até 2050. Já para 2020, eles apresentaram uma proposta de reduzir até 20% das emissões, o que está abaixo do recomendado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), que sugere uma redução entre 25% e 40% até 2020.
Para a secretária de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente e membro do IPCC, Suzana Kahn, o resultado da COP15 foi decepcionante, uma vez que os chefes de estado discutiram mais a questão econômica das nações ricas e emergentes e se esqueceram daqueles que vão sofrer dramaticamente os efeitos da mudança climáticas.
"Existem muitos países africanos, por exemplo, que irão sofrer demais com o aumento da temperatura. No entanto, parece que a discussão tomou um viés econômico e político, o que eu acho muito preocupante. A questão climática ultrapassa a fronteira ambiental. É uma questão de desenvolvimento, de justiça, de equidade", afirmou Suzana Kahn.
Principais pontos do Acordo de Copenhague:
- O acordo é de caráter não vinculativo, mas uma proposta adjunta ao acordo pede para que seja fixado um acordo legalmente vinculante até o fim do próximo ano.
- Considera o aumento limite de temperatura de dois graus Celsius, porém não especifica qual deve ser o corte de emissões necessário para alcançar essa meta
- Estabelece uma contribuição anual de US$ 10 bilhões entre 2010 e 2012 para que os países mais vulneráveis façam frente aos efeitos da mudança climática, e US$ 100 bilhões anuais a partir de 2020 para a mitigação e adaptação. Parte do dinheiro, US$ 25,2 bilhões, virá de EUA, UE e Japão. Pela proposta apresentada, os EUA vão contribuir com US$ 3,6 bilhões no período de três anos, 2010-12. No mesmo período, o Japão vai contribuir com US$ 11 bilhões e a União Europeia com US$ 10,6 bilhões.
- O texto do acordo também estabelece que os países deverão providenciar "informações nacionais" sobre de que forma estão combatendo o aquecimento global, por meio de "consultas internacionais e análises feitas sob padrões claramente definidos".
- O texto diz: "Os países desenvolvidos deverão promover de maneira adequada (...) recursos financeiros , tecnologia e capacitação para que se implemente a adaptação dos países em desenvolvimento"
- Detalhes dos planos de mitigação estão em dois anexos do Acordo de Copenhague, um com os objetivos do mundo desenvolvido e outro com os compromissos voluntários de importantes países em desenvolvimento, como o Brasil.
- O acordo "reconhece a importância de reduzir as emissões produzidas pelo desmatamento e degradação das florestas" -REED- e concorda em promover "incentivos positivos" para financiar tais ações com recursos do mundo desenvolvido.
- Mercado de Carbono: "Decidimos seguir vários enfoques, incluindo as oportunidades de usar os mercados para melhorar a relação custo-rendimento e para promover ações de mitigação.
site:http://www.cop15brazil.gov.br
Leia aqui o documento acreditado pela CoP 15:
http://unfccc.int/files/meetings/cop_15/application/pdf/cop15_cph_auv.pdf
Cúpula de Copenhague foi retrocesso para o Deutsche Welle

Cúpula de Copenhague foi retrocesso no combate às alterações climáticas, e a acabou com esperança de negociações eficazes. Participantes poderiam ter se poupado a viagem, opina analista da Deutsche Welle.
As coisas ficaram bastante dramáticas há quase exatamente dois anos atrás, na conferência do clima de Bali. Ao fim, apresentou-se o cronograma para um novo acordo sobre o clima, o qual deveria ser assinado em dezembro de 2009, em Copenhague. Esse era o plano. Porém já dois meses antes do encontro na metrópole dinamarquesa estava claro: não haveria tal acordo.
Para ainda salvar alguma coisa, cada vez mais chefes de Estado e de governo de todo o mundo decidiram ir a Copenhague. E assim a COP 15 – como ficou conhecida a conferência no jargão das Nações Unidas – transformou-se numa cúpula mundial, uma conferência gigantesca, que em parte ameaçava sufocar sob suas próprias circunstâncias caóticas.
Em vista do resultado final, é preciso dizer: eles podiam ter se poupado essa viagem.
Acordo "sem precedentes"
Copenhague foi uma conferência singular. Todos, realmente todos estavam de acordo: precisamos fazer algo contra a mudança climática global. A meta dos dois graus centígrados foi repetidamente mencionada: a atmosfera não pode se aquecer mais do que isso nas próximas décadas, se ainda quisermos ter sob controle as consequências da alteração do clima. Mas, no momento em que as coisas precisavam ficar concretas, aí tudo ficou difícil.
Os chineses não querem fiscais em seu país; os europeus não querem elevar suas metas de redução de dióxido de carbono (CO2); os norte-americanos não querem avançar demais. Os africanos queriam muito mais dinheiro, mas têm um problema em prometer transparência quanto à forma como ele será gasto. No fim, a ameaça era de impasse total.
Para não voltar para casa de mãos vazias, concordou-se quanto a um mirrado documento, o que mesmo assim bastou para que o presidente dos EUA, Barack Obama, denominasse o consenso de "sem precedentes". E, no entanto, as três páginas é que são de uma insuficiência sem precedentes. De comprometimento, nem sombra. No fim, para salvar o encontro do fiasco total, só mesmo apelando para truques.
Não só o clima esteve em questão
O resultado do encontro em Copenhague irá aprofundar o fosso entre Norte e Sul. Conferências como essa são uma oportunidade ímpar para as nações em desenvolvimento exporem seus problemas aos olhos da opinião pública mundial. Foi o que elas fizeram aqui, com uma autoconfiança de impor respeito.
Pois, na realidade, as questões no centro de conferências Bella Center iam além do clima. Tratava-se também de futuras partilhas de poder, de segurança e estabilidade no mundo. Nos 70 mil metros quadrados do centro de convenções, puderam-se ver os problemas deste planeta como que através de uma lupa.
Para Obama, Copenhague não é, definitivamente, um bom endereço. Há algumas semanas, ele fracassou aqui com a candidatura de Chicago a sede dos Jogos Olímpicos. Agora, ele veio como grande esperança dos paladinos do clima – e fracassou novamente. Seu discurso foi bom; mas outros, como o do presidente brasileiro, Lula, foram melhores. Seu engajamento foi bom; mas, justamente, não bom o suficiente. De liderança, viu-se pouco.
Quo vadis, clima?
Mas o que será da política climática daqui para diante? Em Copenhague destruiu-se de novo muito da tão penosamente conquistada confiança entre as nações industrializadas e as em desenvolvimento. Só há uma única chance: os países ricos – e, afinal, são eles que emitem a maior parte dos gases-estufa – precisam se colocar na vanguarda do movimento, e deixar de ficar impondo condições aos outros. Eles não podem só continuar sempre falando na divisão dos encargos: têm também que praticá-la.
Em Copenhague desperdiçou-se uma oportunidade tremenda. A comunidade internacional poderia ter mostrado que está apta para agir. Poderia ter sido estabelecido uma matriz para os muitos outros problemas que há por solucionar – como o combate à pobreza, por exemplo.
Nas últimas décadas, a política climática só se moveu alguns poucos milímetros para a frente – Copenhague a lançou metros para trás. É certo que o Protocolo de Kyoto ainda não está morto. Porém, após as experiências dos últimos dias, o êxito alcançado em 1997 na conferência da cidade japonesa não parece mais possível no próximo ano. A esperança morreu em Copenhague.
Autor: Henrik Böhme
Revisão: Roselaine Wandscheer
RELATÓRIO COP-15 – Copenhague 2009

Durante os cinco dias que estiveram presentes na 15ª Conferência das Partes (COP) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (United Nations Framework Convention on Climate Change - UNFCCC) no Centro de Convenções Bella Center em Copenhague,os representantes da delegação brasileira e servidores da SDS, Silvio César dos Santos Rosa, Diretor de Saneamento e Meio Ambiente e Jatyr Fritsch Borges, Coordenador de Mudanças Climáticas, participaram de Plenárias, reuniões de Grupos de Trabalho e Apresentações/Palestras no Espaço Brasil, onde foram tratadas diversas temáticas relacionadas a Redução de Emissões Antrópicas de Gases de Efeito Estufa - GEE, Modelo de Desenvolvimento Limpo – MDL, Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação – REED (e assuntos relacionados, financiamento ao desenvolvimento de Energias Alternativas, Ações de Proteção à Biodiversidade, Áreas de Conservação e Florestas em Geral, Recursos Hídricos, p.ex.), A grande circulação de Representantes das Partes (como os nossos servidores) e de ONGs de todo mundo ditava o ritmo alucinante dos acontecimentos e das negociações.
Ao contrário do que a mídia especula, os grandes debates ocorrem em virtude da necessidade de financiamento dos países desenvolvidos aos em desenvolvimento, para que estes possam adotar as medidas necessárias para uma economia verde (de baixo
Neste sentido, é cada vez mais forte o argumento da participação antrópica nas mudanças do clima, ao contrário do que alguns poucos ainda contestam. Reafirma-se assim a eminente e indispensável mudança de paradigma da sociedade contemporânea em direção da economia ambientalmente responsável, haja vista que as futuras gerações não podem pagar a conta de nossa irresponsabilidade.
As conferências anuais ocorrem desde 1994, quando foi assinado o Protocolo de Quioto, cujas metas de redução são previstas até 2012. Os percentuais considerados suficientes àquela época, eram de 5,2 %. Hoje já se considera que estes números devem ficar entre 40 e 60 %, para que o aumento da temperatura não supere 20 C em 2050. Mas as medidas já estão sendo tomadas tardiamente, não podendo ser perdida a oportunidade histórica de discutir novos padrões de produção e consumo.
A crise financeira mundial iniciada em 2008, em virtude de uma chamada “bolha especulativa imobiliária” que acabou por afetar todo o planeta, fortalece as discussões e faz incorporar o viés ambiental de forma contundente nas discussões econômicas. E a verdade é que são as questões econômicas que irão nortear, por fim, as decisões da COP-15, que ocorrerão nos dias 17 e 18 de dezembro.
O Brasil que faz parte do G77 + China e não consta do Anexo I do Protocolo de Quito, defende que as responsabilidades compartilhadas, mas diferenciadas, em função da quantidade de emissões já realizadas desde a Revolução Industrial, ou seja, os países desenvolvidos precisam financiar as medidas necessárias às mitigações e adaptações dos países em desenvolvimento. Que os países desenvolvidos canalizem recursos em forma de transferências diretas unilaterais de fundos públicos, e a comercialização nos mercados global, regional e nacional de créditos de carbono. Mas todos devem dar sua contribuição proporcional a estas emissões, sob pena de inviabilizar a salvação do planeta.
Relatório encomendado pelo Programa da ONU ara o Meio Ambiente, intitulado “Green Jobs: Towards decent work in a sustainable, low-carbon world”, prevê a geração de mais de 20 milhões de empregos até 2030, só para o desenvolvimento de alternativas limpas de energia. Este é o caminho para o Brasil, investimentos numa economia verde, de baixo carbono, pautado nas energias renováveis e preservação ambiental, visto que o país pode e deve assumir a vanguarda deste novo modelo de desenvolvimento global, pois, temos o maior potencial de exploração sustentável dos recursos naturais e nossa matriz é uma das mais limpas do mundo.
Nossas emissões são compostas de 75 % referentes ao desmatamento e mudança de uso do solo e esta realidade deve ser enfrentada, tendo em conta que é preciso criar mecanismos que tornem a floresta mais valiosa em pé do que no chão e, para isto o REED e os fundos como o Amazônia, são de grande importância. Segundo Luciano Coutinho, Presidente do BNDES, apesar de não ser fácil, é possível sim o Brasil buscar o desmatamento zero, mas, enquanto empreendemos esta tarefa, o mundo industrializado despende trilhões de dólares para reconfigurar sua matriz industrial num processo que consome enormes esforços em ciência e tecnologia. Se nosso país se limitar ao controle do desmatamento e não implementar políticas firmes de investimentos na economia sustentável e limpa, corremos o risco de aumentar a defasagem tecnológica e a oportunidade de liderar a nova arquitetura econômica global com base no “low-carbon” e em mercados verdes.
O Relatório Brundtland, redigido pela ex-primeira-ministra da Noruega e Presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento da ONU, Gro Brundtland, denominado “Nosso Futuro Comum”, segundo o qual sustentabilidade é o “desenvolvimento que atende às necessidades do presente sem comprometer a capacidade de gerações futuras atenderem às suas necessidades”, encerra uma grande interdependência entre economia e ética. E são posicionamentos éticos que definirão os rumos do Planeta pós Quioto, como resultado das decisões de Copenhague, legítimo fórum da diplomacia internacional.
Novamente Coutinho considera que a responsabilidade do homem aumentou na exata medida de sua capacidade de modificar a natureza e, este poder de afetar os rumos do planeta, a responsabilidade de ação e do saber de cada indivíduo assume importância fundamental.
Para termos noção do tamanho da questão, segundo o Relatório Stern, o custo da inação, isto é, de não se tomarem medidas urgentes, poderá variar de 5 a 20 % do PIB mundial por ano, enquanto o custo de enfrentar imediatamente o problema deverá ficar em torno de 1 % do PIB. Do ponto de vista ético o caso é ainda mais sério, as mudanças climáticas afetarão os elementos básicos da vida no planeta: acesso à água, produção de alimentos, saúde e meio ambiente. Aqui os impactos podem vir na forma de savanização da Floresta Amazônica, redução de chuvas e conseqüente redução nos níveis dos reservatórios e do potencial de geração de hidroeletricidade, de áreas agriculturáveis. Aumento de desastres naturais e desertificação no Nordeste.
Enfim, chegamos à conclusão de que os governos locais têm papel fundamental no enfrentamento das mudanças climáticas, pois, são o próprio local onde as pessoas vivem e precisam responder instantaneamente aos efeitos sócio-econômicos destas mudanças. Santa Catarina precisa regulamentar sua Política Estadual de Mudanças Climáticas, elaborar seu Plano e seus Inventários de Emissões, que basearão as ações e programas na direção de possibilitar o Estado em se transformar num lugar realmente de Desenvolvimento Sustentável.
A experiência de conhecer países (Suécia e Dinamarca) cujas sociedades estão entre as mais evoluídas da Terra, cujas pessoas andam muito mais de bicicleta do que de carro, onde o transporte público é de nível invejável (ônibus e trem são todos elétricos e/ou à gás) e, para onde se olha encontra-se estruturas de capitação dos ventos e geração de energia eólica, faz-nos pensar que é possível sim, mudar a relação com a natureza. Este deve ser o desafio da SDS e o desafio de cada um de nós.
Fonte: Jatyr F. Borges
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Representantes Catarinenses na COP-15 Copenhague

Secretaria representada na COP 15
11 de dezembro de 2009

Os representantes da SDS, Silvio César dos Santos Rosa, Diretor de Saneamento e Meio Ambiente e Jatyr F. Borges, Coordenador de Mudanças Climáticas, têm circulado pelo Bella Center, em Copenhague, acompanhando as discussões sobre o que é necessário fazer para que o Planeta não sofra maiores consequências com o aquecimento global.
No evento, que contou com mais de 30 mil pessoas na abertura e delegações de mais de 190 países, os debates acontecem diariamente e as ONGs fazem suas manifestações, quase sempre cobrando dos países ricos que financiem as medidas necessárias para as adaptações dos países menos favorecidos, o que o Brasil também defende. E os principais debates ocorrem exatamente neste sentido, a necessidade dos países industrializados assumirem sua responsabilidade nas emissões de Gases de Efeito Estufa, desde a revolução industrial, e apoiarem as economias emergentes com transferência de recursos e tecnologias. Nossos representantes, que retornam no próximo domingo, prometem manter-nos informados sobre os acontecimentos neste que é considerado o maior evento mundial de 2009. Texto: Jatyr F. Borges
Carne de Gado condenada!

Metade das emissões de gases-estufa do Brasil vem da pecuária, diz estudo
‘Pegada de carbono’ da carne bovina foi calculada pela 1ª vez.
CO2 emitido por kg custa mais que a própria carne, comenta pesquisador.
Frigorífico pode fazer mais dinheiro vendendo redução de carbono do que vendendo a própria carne"
A pecuária emite metade dos gases causadores do efeito estufa liberados pelo Brasil a cada ano. ( Clique aqui para entender a relação entre os gases-estufa e o aquecimento global.)
Além disso, implantação de novas pastagens abocanha três quartos da área desmatada na Amazônia e 56,5% no Cerrado.
Resultado de cinco meses de trabalho, os números, inéditos, são de estudo coordenado por Mercedes Bustamante, da Universidade de Brasília (UnB), Carlos Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e Roberto Smeraldi, da ONG Amigos da Terra – Amazônia Brasileira.
Os principais dados da pesquisa, cuja íntegra ainda será publicada em revista científica internacional, foram divulgados nesta quinta-feira (10) e serão apresentados em duas reuniões sábado (12) na Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, a COP 15 . Os autores (ao todo, dez especialistas) ressaltam que suas conclusões “não representam necessariamente” a posição das instituições em que atuam.
Ricardo Muniz Do G1, em São Paulo
Lula sanciona fundo para combater mudanças climáticas
Recursos serão empregados prioritariamente em regiões mais vulneráveis, como o nordeste brasileiro e em áreas do litoral
A lei de criação do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (FNMC), que contará com recursos de até R$ 1 bilhão por ano oriundos dos royalties do petróleo do pré-sal, foi sancionada ontem pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O fundo criado para combater as emissões de gases causadores do efeito estufa entrou em vigor hoje com sua publicação no Diário Oficial da União.
De acordo com a lei, o fundo contará ainda, entre outras fontes, com dinheiro do Orçamento da União; recursos decorrentes de acordos e convênios com órgãos da administração pública federal, estadual ou municipal; doações e empréstimos feitos por entidades nacionais e internacionais; e recursos provenientes de juros e amortizações de financiamentos.
Segundo o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, os recursos serão empregados prioritariamente no combate aos efeitos das mudanças climáticas em regiões mais vulneráveis, como o nordeste brasileiro, por causa da escassez de água, e em áreas do litoral, que podem ser invadidas pelo mar como consequência do derretimento de geleiras pelo aquecimento global.
AE
A lei de criação do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (FNMC), que contará com recursos de até R$ 1 bilhão por ano oriundos dos royalties do petróleo do pré-sal, foi sancionada ontem pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O fundo criado para combater as emissões de gases causadores do efeito estufa entrou em vigor hoje com sua publicação no Diário Oficial da União.
De acordo com a lei, o fundo contará ainda, entre outras fontes, com dinheiro do Orçamento da União; recursos decorrentes de acordos e convênios com órgãos da administração pública federal, estadual ou municipal; doações e empréstimos feitos por entidades nacionais e internacionais; e recursos provenientes de juros e amortizações de financiamentos.
Segundo o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, os recursos serão empregados prioritariamente no combate aos efeitos das mudanças climáticas em regiões mais vulneráveis, como o nordeste brasileiro, por causa da escassez de água, e em áreas do litoral, que podem ser invadidas pelo mar como consequência do derretimento de geleiras pelo aquecimento global.
AE
COP-15: Brasil pode travar proposta
A proposta de um mecanismo para financiar a proteção das florestas pode ser travado pelo país que mais seria beneficiado, o Brasil.
A aprovação do chamado REDD (redução das emissões por desmatamento e degradação das florestas) sempre foi considerada uma das poucas certezas desta COP15. No entanto, o Brasil exige que o dinheiro para estimular a conservação das florestas seja apenas um dos capítulos de um acordo maior, com mais dinheiro para adaptação dos países em desenvolvimento.
– Vínhamos muito bem até agora. Mas não haverá um acerto de REDD sem um acerto global, afirma o embaixador extraordinário para mudanças climáticas Sérgio Serra.
Pelos acordos internacionais que existem até agora, não há nenhuma previsão de recursos para as florestas. A vegetação é considerada um grande cofre de carbono e sua derrubada libera enormes quantidades de poluentes na atmosfera. Já é consenso que a convenção da ONU sobre mudanças climáticas deve prever ajuda para o setor. Tendo em vista o tamanho da floresta Amazônica, o Brasil seria o país com mais acesso aos recursos. O destino final do dinheiro seriam as comunidades que vivem nas florestas. Um projeto piloto que já existe no estado do Amazonas oferece cerca de 50 reais por família, por exemplo.No entanto, é grande a polêmica aqui em Copenhague sobre o que os países desenvolvidos deveriam receber em troca por essa contribuição (cuja soma não está clara ainda).
Há os mais pragmáticos, que defendem mecanismos de mercado. Países ricos ganhariam créditos de carbono. Com esse incentivo, mais dinheiro entraria no sistema.
E há a posição brasileira, defendida há anos. O envio de recursos precisa ser voluntário. Um dos receios do governo é que com tanta floresta disponível para entrar no mercado, os preços cairiam demais, inviabilizando o sistema.
Nesta quarta-feira o BNDES anunciou em Copenhague os cinco primeiros projetos de preservação que receberão dinheiro do Fundo Amazônia (que por enquanto tem apenas dinheiro oferecido voluntariamente pelo governo da Noruega). Vão ser 70 milhões de reais a entidades que cuidam de áreas de floresta no Amazonas, Pará, Mato Grosso, Roraima, Rondônia, Acre e Tocantins.É por um modelo semelhante ao Fundo Amazônia que os diplomatas brasileiros estão lutando na COP15.
Caso a polêmica se resolva e o REDD seja aprovado, o Brasil larga na frente. Entidades de pesquisa e proteção da floresta apontam o monitoramento por satélite, focado na Amazônia, como um exemplo para o mundo.
Postado por Gustavo Bonato, enviado especial, Copenhague às 07h00
A aprovação do chamado REDD (redução das emissões por desmatamento e degradação das florestas) sempre foi considerada uma das poucas certezas desta COP15. No entanto, o Brasil exige que o dinheiro para estimular a conservação das florestas seja apenas um dos capítulos de um acordo maior, com mais dinheiro para adaptação dos países em desenvolvimento.
– Vínhamos muito bem até agora. Mas não haverá um acerto de REDD sem um acerto global, afirma o embaixador extraordinário para mudanças climáticas Sérgio Serra.
Pelos acordos internacionais que existem até agora, não há nenhuma previsão de recursos para as florestas. A vegetação é considerada um grande cofre de carbono e sua derrubada libera enormes quantidades de poluentes na atmosfera. Já é consenso que a convenção da ONU sobre mudanças climáticas deve prever ajuda para o setor. Tendo em vista o tamanho da floresta Amazônica, o Brasil seria o país com mais acesso aos recursos. O destino final do dinheiro seriam as comunidades que vivem nas florestas. Um projeto piloto que já existe no estado do Amazonas oferece cerca de 50 reais por família, por exemplo.No entanto, é grande a polêmica aqui em Copenhague sobre o que os países desenvolvidos deveriam receber em troca por essa contribuição (cuja soma não está clara ainda).
Há os mais pragmáticos, que defendem mecanismos de mercado. Países ricos ganhariam créditos de carbono. Com esse incentivo, mais dinheiro entraria no sistema.
E há a posição brasileira, defendida há anos. O envio de recursos precisa ser voluntário. Um dos receios do governo é que com tanta floresta disponível para entrar no mercado, os preços cairiam demais, inviabilizando o sistema.
Nesta quarta-feira o BNDES anunciou em Copenhague os cinco primeiros projetos de preservação que receberão dinheiro do Fundo Amazônia (que por enquanto tem apenas dinheiro oferecido voluntariamente pelo governo da Noruega). Vão ser 70 milhões de reais a entidades que cuidam de áreas de floresta no Amazonas, Pará, Mato Grosso, Roraima, Rondônia, Acre e Tocantins.É por um modelo semelhante ao Fundo Amazônia que os diplomatas brasileiros estão lutando na COP15.
Caso a polêmica se resolva e o REDD seja aprovado, o Brasil larga na frente. Entidades de pesquisa e proteção da floresta apontam o monitoramento por satélite, focado na Amazônia, como um exemplo para o mundo.
Postado por Gustavo Bonato, enviado especial, Copenhague às 07h00
Discussão na COP-15 divide países em desenvolvimento
As negociações da 15° Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-15) foram suspensas hoje (9) por algumas horas a pedido da representação de Tuvalu – que exige um acordo legal que seja mais restritivo do que o Protocolo de Quioto. As informações são da BBC Brasil.
A iniciativa do pequeno país-ilha, um dos mais ameaçados pelo aumento do nível dos mares, levou a uma rara divisão no grupo G77 mais a China, que costuma negociar em bloco pelos países em desenvolvimento. O negociador-chefe da ilha, Ian Fry, afirmou que o país não vai aceitar nada menos do que a discussão de um novo protocolo legal mais rigoroso que o de Quioto.
"O meu primeiro-ministro e vários outros chefes de Estado têm a intenção clara de vir a Copenhague para assinar um acordo com validade legal”, afirmou Fry. “O nosso futuro depende desse encontro.”
A iniciativa teve o apoio de outros integrantes da Associação dos Pequenos Países-Ilha (Aosis, na sigla em inglês), que inclui as ilhas Cook, Barbados e Fiji, além de países pobres da África, como Serra Leoa, o Senegal e Cabo Verde.
Vários países do G77 apoiaram a proposta de Tuvalu, que visa a limitar o aumento da temperatura a 1,5ºC, e estabilizar as concentrações de gases que provocam o efeito estufa em 350 partes por milhão (ppm), em vez de 450 ppm, como querem os países industrializados e alguns em desenvolvimento, entre eles, o Brasil. Atualmente, a concentração de gases de efeito estufa na atmosfera gira em torno de 387 ppm.
Para os países emergentes, como o Brasil, a China, Índia e a África do Sul, o limite de 350 ppm não é bem aceito, porque pode se tornar uma barreira para o crescimento econômico.
Segundo Martin Kaiser, diretor de políticas internacionais do Greenpeace, a suspensão, mesmo que por poucas horas, exigida por Tuvalu, mostra que a questão de o acordo a sair de Copenhague ter ou não valor legal é uma das mais importantes.
"Para os países mais vulneráveis do mundo, é questão de sobrevivência. Só um acordo com valor legal pode dar a estes países a confiança de que o seu futuro está garantido”, disse Kaiser.
O secretário-executivo da conferência, Yvo de Boer, minimizou a suspensão. "Se houve uma suspensão, foi apenas para o almoço", disse.
Enquanto o bloco dos países em desenvolvimento parece apresentar rachaduras, a histórica desconfiança entre o grupo e os países industrializados não mostra sinais de redução.
Em entrevista coletiva da União Europeia, o negociador-chefe sueco, Anders Turesson, reclamou da ação da China, com apoio do G77, que estaria vetando a discussão de metas para os países desenvolvidos no grupo que negocia um acordo pós-Quioto.
Os chineses defendem que as metas dos países ricos sejam estabelecidas pelo grupo que negocia a expansão do Protocolo de Quioto, e não em um acordo separado.
O problema, para os europeus, é que os Estados Unidos não participam das discussões de Quioto, já que nunca ratificaram o tratado. “O processo está sendo usado erroneamente. Estamos sendo impedidos de negociar”, afirmou Turesson. O sueco deixou claro que a primeira opção da Europa é a criação de um único instrumento legal que aborde todos os países.
Para os europeus, a discussão sobre o formato está impedindo que as “verdadeiras questões” sejam discutidas – adaptação, mitigação e financiamento do combate às mudanças climáticas.
(Fonte: Luana Lourenço - Agência Brasil )
A iniciativa do pequeno país-ilha, um dos mais ameaçados pelo aumento do nível dos mares, levou a uma rara divisão no grupo G77 mais a China, que costuma negociar em bloco pelos países em desenvolvimento. O negociador-chefe da ilha, Ian Fry, afirmou que o país não vai aceitar nada menos do que a discussão de um novo protocolo legal mais rigoroso que o de Quioto.
"O meu primeiro-ministro e vários outros chefes de Estado têm a intenção clara de vir a Copenhague para assinar um acordo com validade legal”, afirmou Fry. “O nosso futuro depende desse encontro.”
A iniciativa teve o apoio de outros integrantes da Associação dos Pequenos Países-Ilha (Aosis, na sigla em inglês), que inclui as ilhas Cook, Barbados e Fiji, além de países pobres da África, como Serra Leoa, o Senegal e Cabo Verde.
Vários países do G77 apoiaram a proposta de Tuvalu, que visa a limitar o aumento da temperatura a 1,5ºC, e estabilizar as concentrações de gases que provocam o efeito estufa em 350 partes por milhão (ppm), em vez de 450 ppm, como querem os países industrializados e alguns em desenvolvimento, entre eles, o Brasil. Atualmente, a concentração de gases de efeito estufa na atmosfera gira em torno de 387 ppm.
Para os países emergentes, como o Brasil, a China, Índia e a África do Sul, o limite de 350 ppm não é bem aceito, porque pode se tornar uma barreira para o crescimento econômico.
Segundo Martin Kaiser, diretor de políticas internacionais do Greenpeace, a suspensão, mesmo que por poucas horas, exigida por Tuvalu, mostra que a questão de o acordo a sair de Copenhague ter ou não valor legal é uma das mais importantes.
"Para os países mais vulneráveis do mundo, é questão de sobrevivência. Só um acordo com valor legal pode dar a estes países a confiança de que o seu futuro está garantido”, disse Kaiser.
O secretário-executivo da conferência, Yvo de Boer, minimizou a suspensão. "Se houve uma suspensão, foi apenas para o almoço", disse.
Enquanto o bloco dos países em desenvolvimento parece apresentar rachaduras, a histórica desconfiança entre o grupo e os países industrializados não mostra sinais de redução.
Em entrevista coletiva da União Europeia, o negociador-chefe sueco, Anders Turesson, reclamou da ação da China, com apoio do G77, que estaria vetando a discussão de metas para os países desenvolvidos no grupo que negocia um acordo pós-Quioto.
Os chineses defendem que as metas dos países ricos sejam estabelecidas pelo grupo que negocia a expansão do Protocolo de Quioto, e não em um acordo separado.
O problema, para os europeus, é que os Estados Unidos não participam das discussões de Quioto, já que nunca ratificaram o tratado. “O processo está sendo usado erroneamente. Estamos sendo impedidos de negociar”, afirmou Turesson. O sueco deixou claro que a primeira opção da Europa é a criação de um único instrumento legal que aborde todos os países.
Para os europeus, a discussão sobre o formato está impedindo que as “verdadeiras questões” sejam discutidas – adaptação, mitigação e financiamento do combate às mudanças climáticas.
(Fonte: Luana Lourenço - Agência Brasil )
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
SDS e Fatma representam o Estado em Conferência na Dinamarca
Dois servidores da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável (Sílvio César dos Santos Rosa – Diretor de Saneamento e Meio Ambiente e Jatyr Fritsch Borges – Coordenador de Mudanças Climáticas) e dois da FATMA (Cristina Gerber João e Gilvani Voltolini, Secretária-Executiva do Fórum Catarinense de Mudanças Climáticas Globais e Diretor de Proteção dos Ecossistemas) estarão representando Santa Catarina na 15ª Conferência das Partes em Copenhague.
O evento da ONU que vai tratar das Mudanças Climáticas e do Aquecimento Global contará com a participação de mais de 190 países. Os técnicos irão acompanhar e debater questões ligadas à mitigação e adaptação nos grupos de trabalho que se instalarão no Bella Center, em Copenhague, Dinamarca, entre 7 e 18 de dezembro. A delegação brasileira espera que sejam estabelecidas novas metas de redução a partir de 2012, quando vence o Protocolo de Quioto e que se estabeleçam mecanismos de financiamento e transferência de tecnologias aos países em desenvolvimento, para enfrentarem os efeitos destas mudanças.
O Brasil deverá apresentar uma meta voluntária de reduzir as emissões entre 35 e 39 % até 2020 e o desmatamento da Amazônia em 80% no mesmo período. Santa Catarina promulgou sua Lei nº 14.829 em 11 de agosto de 2009, que institui a Política Estadual sobre Mudanças Climáticas e Desenvolvimento Sustentável, onde estão previstos os Programas Catarinenses de: Mudanças Climáticas; Conservação Ambiental; Incentivo à Produção e à Utilização de Biocombustíveis; Monitoramento e Inventariamento Ambiental; Educação, Capacitação e Cooperação sobre Mudanças Climáticas; Estímulo ao Desenvolvimento de Energias Alternativas; e Incentivo a Redução do Consumo de Energia, com ênfase no desenvolvimento de tecnologias para energias tradicionais. Ademais criou o Fundo Catarinense de Mudanças Climáticas e os Selos Protetor do Clima e Protetor do Clima Gold, tudo em fase de regulamentação. Instalou seu Fórum de Mudanças Climáticas em 7 de outubro de 2009, onde a sociedade civil organizada está representada para prestar consultoria ao Estado quantos às Políticas, Planos, Programas e Ações necessárias.
Além disto, inicia a elaboração de seu Inventário de Emissões Antrópicas de Gases de Efeito Estufa, a partir do Decreto nº 2.429 de 2 de julho de 2009. Este inventário permitirá que o Estado avalie sua situação quanto às principais fontes de emissão e planeje ações de mitigação. Por fim, está licitando o Inventário das Emissões do próprio governo, que deverá estar concluído em breve.
Fonte: Jatyr Fritsch Borges
O evento da ONU que vai tratar das Mudanças Climáticas e do Aquecimento Global contará com a participação de mais de 190 países. Os técnicos irão acompanhar e debater questões ligadas à mitigação e adaptação nos grupos de trabalho que se instalarão no Bella Center, em Copenhague, Dinamarca, entre 7 e 18 de dezembro. A delegação brasileira espera que sejam estabelecidas novas metas de redução a partir de 2012, quando vence o Protocolo de Quioto e que se estabeleçam mecanismos de financiamento e transferência de tecnologias aos países em desenvolvimento, para enfrentarem os efeitos destas mudanças.
O Brasil deverá apresentar uma meta voluntária de reduzir as emissões entre 35 e 39 % até 2020 e o desmatamento da Amazônia em 80% no mesmo período. Santa Catarina promulgou sua Lei nº 14.829 em 11 de agosto de 2009, que institui a Política Estadual sobre Mudanças Climáticas e Desenvolvimento Sustentável, onde estão previstos os Programas Catarinenses de: Mudanças Climáticas; Conservação Ambiental; Incentivo à Produção e à Utilização de Biocombustíveis; Monitoramento e Inventariamento Ambiental; Educação, Capacitação e Cooperação sobre Mudanças Climáticas; Estímulo ao Desenvolvimento de Energias Alternativas; e Incentivo a Redução do Consumo de Energia, com ênfase no desenvolvimento de tecnologias para energias tradicionais. Ademais criou o Fundo Catarinense de Mudanças Climáticas e os Selos Protetor do Clima e Protetor do Clima Gold, tudo em fase de regulamentação. Instalou seu Fórum de Mudanças Climáticas em 7 de outubro de 2009, onde a sociedade civil organizada está representada para prestar consultoria ao Estado quantos às Políticas, Planos, Programas e Ações necessárias.
Além disto, inicia a elaboração de seu Inventário de Emissões Antrópicas de Gases de Efeito Estufa, a partir do Decreto nº 2.429 de 2 de julho de 2009. Este inventário permitirá que o Estado avalie sua situação quanto às principais fontes de emissão e planeje ações de mitigação. Por fim, está licitando o Inventário das Emissões do próprio governo, que deverá estar concluído em breve.
Fonte: Jatyr Fritsch Borges
Discursos de abertura da COP 15 pedem por acordo
Autoridades recomendaram cooperação para a construção de um tratado climático e integrantes da campanha TicTacTicTac entregaram uma lista com 10 milhões de assinaturas pedindo "um acordo justo, legal e obrigatório"
Os apelos para o fechamento de um acordo ambicioso em Copenhague foram unanimidade nos discursos de abertura da Conferência das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas (COP 15) nesta segunda-feira (07). “Espero que o espírito do C esteja no final deste evento. C de cooperação, construção, compromisso e consenso”, afirmou a ministra do clima da Dinamarca e presidente da COP-15, Connie Hedegaard.
Hedeggard destacou que a vontade política nunca será tão forte como agora e é preciso aproveitar este momento, pois demorará muito para chegarmos a este ponto novamente. “O tempo é curto, mas nos sabemos o que fazer. Nós temos uma tarefa e temos um tempo. Então teremos que fazer isso neste tempo”, comentou em entrevista coletiva realizada logo após a abertura do evento.
O secretário-executivo da Convenção Quadro das Nações Unidas para Mudanças Climáticas, Yvo de Boer, fez um apelo no nome das crianças e comparou a construção do acordo a um ‘bolo de natal’. A primeira camada seria de ações imediatas em implementar mitigação, adaptação, finanças, tecnologia, REDD (mecanismo de redução de emissões por desmatamento e Degradação) e construção de capacidade.
A segunda camada, consiste em compromissos ambiciosos de redução de emissões e também para começar investimentos na ordem de US$ 10 bilhões por ano assim como financiamentos a longo prazo. A terceira camada, que seria a cobertura do bolo, consiste em uma visão comum sobre ações a longo prazo para responder as mudanças climáticas. “E eu espero que o primeiro-ministro Lars Løkke Rasmussen coloque as velas neste bolo na próxima sexta-feira”, completou.
O primeiro-ministro da Dinamarca, Lars Lokke Rasmussen, por sua vez, pediu um acordo ambicioso e forte aqui em Copenhague. “O mundo conta com vocês para atingir o que foi decidido em Bali”, disse. Durante a Conferência de Bali, em 2007, os países concordaram que o prazo final para fechar um acordo climático para após 2012, quando termina o primeiro período de compromisso de Quioto, seria nesta edição de 2009.
O presidente do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), Rajendra Pachauri, destacou em seu discurso as conseqüências do aquecimento global caso não seja colocada em prática políticas de mitigação, como a possibilidade do gelo na Groelândia desaparecer, aumentando o nível dos oceanos em sete metros e a extinção de 20% a 30% das espécies se a temperatura subir mais de 2.5º C.
“Para limitar o aumento das emissões em 2oC a 2,4º C, o custo da mitigação em 2030 não passará de 3% do PIB (Produto Interno Bruto) global. Em outras palavras, a tão chamada prosperidade esperada em 2030 seria postergada em alguns meses apenas. Além disso, a mitigação traz muitos co-beneficios, como o baixo nível de poluição atmosférica e benefícios associados para a saúde, maior segurança energética, mais empregos e produção agrícola estável”, disse Pachauri.
Após a cerimônia, De Boer e Hedgaard participaram de uma coletiva de imprensa durante a qual integrantes da campanha TicTacTicTac entregaram a lista com 10 milhões de assinaturas de pessoas pedindo “um acordo justo, legal e obrigatório”. Em um depoimento que incluiu lágrimas, uma das manifestantes pediu que parem as conversas e comece a ação. “Gostaria de agradecer todas a emoção que você mostrou, isto mostra que isto é sobre sobrevivência pessoas que estamos falando. Nos dê duas mais semanas de conversa e eu prometo que entregarei ação”, respondeu De Boer.\
07/12/2009 - Autor: Paula Scheidt, de Copenhague - Fonte: CarbonoBrasil
Os apelos para o fechamento de um acordo ambicioso em Copenhague foram unanimidade nos discursos de abertura da Conferência das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas (COP 15) nesta segunda-feira (07). “Espero que o espírito do C esteja no final deste evento. C de cooperação, construção, compromisso e consenso”, afirmou a ministra do clima da Dinamarca e presidente da COP-15, Connie Hedegaard.
Hedeggard destacou que a vontade política nunca será tão forte como agora e é preciso aproveitar este momento, pois demorará muito para chegarmos a este ponto novamente. “O tempo é curto, mas nos sabemos o que fazer. Nós temos uma tarefa e temos um tempo. Então teremos que fazer isso neste tempo”, comentou em entrevista coletiva realizada logo após a abertura do evento.
O secretário-executivo da Convenção Quadro das Nações Unidas para Mudanças Climáticas, Yvo de Boer, fez um apelo no nome das crianças e comparou a construção do acordo a um ‘bolo de natal’. A primeira camada seria de ações imediatas em implementar mitigação, adaptação, finanças, tecnologia, REDD (mecanismo de redução de emissões por desmatamento e Degradação) e construção de capacidade.
A segunda camada, consiste em compromissos ambiciosos de redução de emissões e também para começar investimentos na ordem de US$ 10 bilhões por ano assim como financiamentos a longo prazo. A terceira camada, que seria a cobertura do bolo, consiste em uma visão comum sobre ações a longo prazo para responder as mudanças climáticas. “E eu espero que o primeiro-ministro Lars Løkke Rasmussen coloque as velas neste bolo na próxima sexta-feira”, completou.
O primeiro-ministro da Dinamarca, Lars Lokke Rasmussen, por sua vez, pediu um acordo ambicioso e forte aqui em Copenhague. “O mundo conta com vocês para atingir o que foi decidido em Bali”, disse. Durante a Conferência de Bali, em 2007, os países concordaram que o prazo final para fechar um acordo climático para após 2012, quando termina o primeiro período de compromisso de Quioto, seria nesta edição de 2009.
O presidente do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), Rajendra Pachauri, destacou em seu discurso as conseqüências do aquecimento global caso não seja colocada em prática políticas de mitigação, como a possibilidade do gelo na Groelândia desaparecer, aumentando o nível dos oceanos em sete metros e a extinção de 20% a 30% das espécies se a temperatura subir mais de 2.5º C.
“Para limitar o aumento das emissões em 2oC a 2,4º C, o custo da mitigação em 2030 não passará de 3% do PIB (Produto Interno Bruto) global. Em outras palavras, a tão chamada prosperidade esperada em 2030 seria postergada em alguns meses apenas. Além disso, a mitigação traz muitos co-beneficios, como o baixo nível de poluição atmosférica e benefícios associados para a saúde, maior segurança energética, mais empregos e produção agrícola estável”, disse Pachauri.
Após a cerimônia, De Boer e Hedgaard participaram de uma coletiva de imprensa durante a qual integrantes da campanha TicTacTicTac entregaram a lista com 10 milhões de assinaturas de pessoas pedindo “um acordo justo, legal e obrigatório”. Em um depoimento que incluiu lágrimas, uma das manifestantes pediu que parem as conversas e comece a ação. “Gostaria de agradecer todas a emoção que você mostrou, isto mostra que isto é sobre sobrevivência pessoas que estamos falando. Nos dê duas mais semanas de conversa e eu prometo que entregarei ação”, respondeu De Boer.\
07/12/2009 - Autor: Paula Scheidt, de Copenhague - Fonte: CarbonoBrasil
Copenhague tem início com 34 mil participantes
Confirmando a previsão de se tornar o evento climático mais importante das últimas décadas, a COP 15 registra recorde de participantes, porém, apesar desse grande interesse internacional, pelos corredores já se fala na impossibilidade de um acordo legalmente obrigatório
Ao desembarcar em Copenhague, na Dinamarca, os pôsteres de boas vindas aos participantes da Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas são praticamente a primeira imagem nos corredores do aeroporto, assim como os painéis do Greenpeace e da Campanha TicTacTicTac com os líderes mundiais em 2020 pedindo desculpa por não terem feito nada para impedir as conseqüências do aquecimento global.
Representantes de quase 200 países estão aos poucos enchendo a cidade. Segundo a Convenção Quadro das Nações Unidas para Mudanças Climáticas (UNFCCC), as inscrições para participar do evento já passaram do dobro da capacidade do Bella Center, local onde será realizado. Foram 34 mil pedidos para estarem em um espaço capaz de abrigar até 15 mil. O credenciamento de jornalistas, por exemplo, teve que ser suspenso quando chegou ao número de 5 mil. E aqueles que não retiraram sua credencial no domingo, não poderão fazê-lo na segunda-feira até meio-dia.
Com este panorama já é possível ter uma idéia de como deverão ser as próximas duas semanas aqui. Durante uma coletiva de imprensa neste domingo (6), o secretário-executivo da UNFCCC, Yvo de Boer, disse que os diversos anúncios de compromissos feitos por vários países nos últimos dias criam um momento sem precedentes para alcançar um acordo ambicioso.
“Nunca em 17 anos as negociações climáticas tiveram tantas nações anunciando tantos compromissos firmes juntas. Apesar de haverem mais passos a serem dados para um futuro climático seguro, Copenhague já é um ponto de mudança na resposta internacional às mudanças climáticas”, afirmou.
Contudo, o clima gelado da cidade ficará ameno frente às quentes discussões que irão ocorrer nas próximas duas semanas por aqui. Apesar de ainda não haver muitos delegados pelos corredores do Bella Center, o que se ouve entre especialistas que vem cobrindo as reuniões do clima da ONU é que COP 15 não terminará com um ‘acordo legalmente obrigatório’, como é esperado, mas apenas com um documento de princípios políticos.
E, apesar da grande expectativa em torno da vinda dos líderes mundiais para o evento, eles podem se transformar na verdade em uma ‘distração’, já que não teriam a experiência técnica para negociar um acordo climático como negociadores que trabalham nisso há anos.
Para chegar a um acordo obrigatório e que alcance o que os cientistas dizem ser o limite seguro de aumento das temperaturas (corte de 40% das emissões de gases do efeito estufa em 2020) será preciso decidir onde será a ação (em qual parte do mundo, diga-se de passagem) e quem irá pagar por isso. Ou seja: ou os países ricos aumentam sua ambição nas metas que anunciaram até agora ou colocam dinheiro na mesa para os países em desenvolvimento fazerem algo além das metas voluntárias que divulgaram.
Outra informação que corre é que o governo dinamarquês estaria circulando entre negociadores um rascunho do acordo, com o que acha que deve ser o tratado a ser assinado por aqui. O maior grupo nas negociações, chamado G77/China (e formado por 130 países em desenvolvimento), também teria um documento similar.
Entre as dificuldades que devem vir pela frente estão justamente à possibilidade de os africanos travarem as negociações, como fizeram em Barcelona, enquanto os países ricos não forem mais ambiciosos nas metas.
E provavelmente não faltaram vozes pela cidade para lembrar as delegações disso, já que estão previstas diversas manifestações de movimentos da sociedade civil e ONGs nos próximos dias.
Imagens: Pôster da Campanha TicTacTicTac com o primeiro-ministro australiano Kevin Rudd pedindo desculpa por não ter feito nada para impedir as conseqüências do aquecimento global
A sala de imprensa pronta para acomodar os cinco mil jornalistas credenciados para a COP 15
Créditos: Paula Scheidt - Carbono Brasil
Ao desembarcar em Copenhague, na Dinamarca, os pôsteres de boas vindas aos participantes da Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas são praticamente a primeira imagem nos corredores do aeroporto, assim como os painéis do Greenpeace e da Campanha TicTacTicTac com os líderes mundiais em 2020 pedindo desculpa por não terem feito nada para impedir as conseqüências do aquecimento global.
Representantes de quase 200 países estão aos poucos enchendo a cidade. Segundo a Convenção Quadro das Nações Unidas para Mudanças Climáticas (UNFCCC), as inscrições para participar do evento já passaram do dobro da capacidade do Bella Center, local onde será realizado. Foram 34 mil pedidos para estarem em um espaço capaz de abrigar até 15 mil. O credenciamento de jornalistas, por exemplo, teve que ser suspenso quando chegou ao número de 5 mil. E aqueles que não retiraram sua credencial no domingo, não poderão fazê-lo na segunda-feira até meio-dia.
Com este panorama já é possível ter uma idéia de como deverão ser as próximas duas semanas aqui. Durante uma coletiva de imprensa neste domingo (6), o secretário-executivo da UNFCCC, Yvo de Boer, disse que os diversos anúncios de compromissos feitos por vários países nos últimos dias criam um momento sem precedentes para alcançar um acordo ambicioso.
“Nunca em 17 anos as negociações climáticas tiveram tantas nações anunciando tantos compromissos firmes juntas. Apesar de haverem mais passos a serem dados para um futuro climático seguro, Copenhague já é um ponto de mudança na resposta internacional às mudanças climáticas”, afirmou.
Contudo, o clima gelado da cidade ficará ameno frente às quentes discussões que irão ocorrer nas próximas duas semanas por aqui. Apesar de ainda não haver muitos delegados pelos corredores do Bella Center, o que se ouve entre especialistas que vem cobrindo as reuniões do clima da ONU é que COP 15 não terminará com um ‘acordo legalmente obrigatório’, como é esperado, mas apenas com um documento de princípios políticos.
E, apesar da grande expectativa em torno da vinda dos líderes mundiais para o evento, eles podem se transformar na verdade em uma ‘distração’, já que não teriam a experiência técnica para negociar um acordo climático como negociadores que trabalham nisso há anos.
Para chegar a um acordo obrigatório e que alcance o que os cientistas dizem ser o limite seguro de aumento das temperaturas (corte de 40% das emissões de gases do efeito estufa em 2020) será preciso decidir onde será a ação (em qual parte do mundo, diga-se de passagem) e quem irá pagar por isso. Ou seja: ou os países ricos aumentam sua ambição nas metas que anunciaram até agora ou colocam dinheiro na mesa para os países em desenvolvimento fazerem algo além das metas voluntárias que divulgaram.
Outra informação que corre é que o governo dinamarquês estaria circulando entre negociadores um rascunho do acordo, com o que acha que deve ser o tratado a ser assinado por aqui. O maior grupo nas negociações, chamado G77/China (e formado por 130 países em desenvolvimento), também teria um documento similar.
Entre as dificuldades que devem vir pela frente estão justamente à possibilidade de os africanos travarem as negociações, como fizeram em Barcelona, enquanto os países ricos não forem mais ambiciosos nas metas.
E provavelmente não faltaram vozes pela cidade para lembrar as delegações disso, já que estão previstas diversas manifestações de movimentos da sociedade civil e ONGs nos próximos dias.
Imagens: Pôster da Campanha TicTacTicTac com o primeiro-ministro australiano Kevin Rudd pedindo desculpa por não ter feito nada para impedir as conseqüências do aquecimento global
A sala de imprensa pronta para acomodar os cinco mil jornalistas credenciados para a COP 15
Créditos: Paula Scheidt - Carbono Brasil
sábado, 21 de novembro de 2009
200 milhões de pessoas podem migrar até 2050 por conta de mudanças climáticas
O Fundo de População das Nações Unidas (Unfpa) fez hoje (18) um alerta para o risco de aumento das migrações por conta das mudanças climáticas. A estimativa é de que até o ano de 2050, 200 milhões de pessoas possam ter que deixar seus lares por conta da degradação do meio ambiente.
O Relatório sobre a Situação da População Mundial 2009 – lançado em Brasília e em outras 120 cidades no mundo simultaneamente – pede ainda que os governos se planejem com antecedência na tentativa de reduzir os riscos de desastres naturais.
Para o representante do Unfpa no Brasil, Harold Robinson, é urgente que a questão das mudanças climáticas seja vista sob um novo enfoque: o da relação entre clima, população e gênero. O ponto central, segundo ele, é que as mudanças climáticas não são apenas uma questão ambiental, mas um problema humano provocado pela atividade humana.
Robinson destacou evidências do aquecimento global provocado pelas emissões de gases de efeito estufa – os dez anos mais quentes foram registrados nos últimos 12 anos e os desastres naturais dobraram nas últimas duas décadas, com uma média de 400 ocorrências ao ano. “Há um impacto direto sobre o bem-estar da população mundial”, avaliou.
O representante da organização ressaltou que as mudanças climáticas são a ameaça que afeta a humanidade de forma mais desigual, uma vez que atingem quem menos contribuiu para a sua ocorrência – os mais pobres e os mais vulneráveis.
Fonte: Paula Laboissière - Agência Brasil.
O Relatório sobre a Situação da População Mundial 2009 – lançado em Brasília e em outras 120 cidades no mundo simultaneamente – pede ainda que os governos se planejem com antecedência na tentativa de reduzir os riscos de desastres naturais.
Para o representante do Unfpa no Brasil, Harold Robinson, é urgente que a questão das mudanças climáticas seja vista sob um novo enfoque: o da relação entre clima, população e gênero. O ponto central, segundo ele, é que as mudanças climáticas não são apenas uma questão ambiental, mas um problema humano provocado pela atividade humana.
Robinson destacou evidências do aquecimento global provocado pelas emissões de gases de efeito estufa – os dez anos mais quentes foram registrados nos últimos 12 anos e os desastres naturais dobraram nas últimas duas décadas, com uma média de 400 ocorrências ao ano. “Há um impacto direto sobre o bem-estar da população mundial”, avaliou.
O representante da organização ressaltou que as mudanças climáticas são a ameaça que afeta a humanidade de forma mais desigual, uma vez que atingem quem menos contribuiu para a sua ocorrência – os mais pobres e os mais vulneráveis.
Fonte: Paula Laboissière - Agência Brasil.
Vendavais em Santa Catarina deixam uma pessoa morta
Uma mulher de 56 anos morreu hoje (20), em decorrência dos vendavais em Santa Catarina. Ela estava hospitalizada desde de ontem (19), depois de ter sido atingida por uma árvore na porta de casa. O vendaval ainda deixou 11 pessoas feridas, 30 desalojadas e duas famílias desabrigadas.
O gerente da Defesa Civil de Santa Catarina, major Emerson Emerin, recomenda que, em caso de ventania forte, as pessoas procurem o cômodo mais seguro da casa. “No caso de vendavais, a orientação é que as pessoas permaneçam dentro de suas casas, se possível, no banheiro, que é a instalação mais resistente.”
De acordo com a Defesa Civil, 25 municípios catarinenses foram atingidos com ventos acima de 100 quilômetros por hora, que destruíram cerca de 2 mil edificações, deixando 765 mil pessoas sem energia elétrica. O estado está em situação de alerta pelos próximos três dias.
Tabela de vento máximo em SC, registrado no dia 19/11/2009.
Cidade - Velocidade (km/h) - Hora
Criciúma - 103,4 Km/h - 14h
Araranguá - 107,2 Km/h - 15h
Laguna - 104,4 Km/h - 15h
Florianópolis - 91 Km/h - 16h
Campo Belo do Sul - 77,5 Km/h - 18h
Indaial - 87,4 Km/h - 18h
Abdon Batista - 87,3 Km/h - 19h
Caçador - 74,6 Km/h - 20h
Rio do Campo - 81 Km/h - 20h
Urubici - 107,5 Km/h - 22h
Fonte: Estações meteorológicas automáticas monitoradas pela Epagri/Ciram.
(Fonte: Agência Brasil - com Epagri/Ciram)
O gerente da Defesa Civil de Santa Catarina, major Emerson Emerin, recomenda que, em caso de ventania forte, as pessoas procurem o cômodo mais seguro da casa. “No caso de vendavais, a orientação é que as pessoas permaneçam dentro de suas casas, se possível, no banheiro, que é a instalação mais resistente.”
De acordo com a Defesa Civil, 25 municípios catarinenses foram atingidos com ventos acima de 100 quilômetros por hora, que destruíram cerca de 2 mil edificações, deixando 765 mil pessoas sem energia elétrica. O estado está em situação de alerta pelos próximos três dias.
Tabela de vento máximo em SC, registrado no dia 19/11/2009.
Cidade - Velocidade (km/h) - Hora
Criciúma - 103,4 Km/h - 14h
Araranguá - 107,2 Km/h - 15h
Laguna - 104,4 Km/h - 15h
Florianópolis - 91 Km/h - 16h
Campo Belo do Sul - 77,5 Km/h - 18h
Indaial - 87,4 Km/h - 18h
Abdon Batista - 87,3 Km/h - 19h
Caçador - 74,6 Km/h - 20h
Rio do Campo - 81 Km/h - 20h
Urubici - 107,5 Km/h - 22h
Fonte: Estações meteorológicas automáticas monitoradas pela Epagri/Ciram.
(Fonte: Agência Brasil - com Epagri/Ciram)
Mercado aquecido abre novas vagas no setor de geotecnologia.
Veja aqui as melhores oportunidades de crescimento profissional em geotecnologia
O Portal MundoGEO publica, toda semana, as mais recentes oportunidades de trabalho na área de geoinformação. São empregos com carteira assinada, trabalhos temporários, processos seletivos, concursos públicos, licitações, estágios e programas de trainee.
Empregos
Cargo: Analista GIS e Desenvolvedor de Sistemas Web para atuar na área técnica de software para geoprocessamento. O candidato deve ter curso superior em engenharia, geografia ou geologia, domínio de ferramentas de geoprocessamento, preferencialmente da tecnologia Intergraph, noções em banco de dados Oracle ou SQL Server; residir na Grande São Paulo, inglês intermediário, boa capacidade de comunicação e disponibilidade para viagens. Código das vagas: "GIS-SP”, "GIS-RJ” e "DES-GIS”
Empresa: Sisgraph
Local: São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Belo Horizonte (MG)
Contato: Enviar currículo para fernando@sisgraph.com.br mencionando último salário (ou atual) e pretensão (CLT)
Cargo: Topógrafo com experiência em levantamento de campo com estação total, GPS, nivelamento geométrico, conhecimentos em informática, processamento de dados de campo no escritório, disponibilidade de viagem, imprescindível carteira de motorista categoria B
Empresa: Prestadora de Serviço da Petrobrás
Local: Mossoró (RN)
Contato: Enviar currículo para rh@senografia.com.br, com o assunto "Topógrafo Mossoró"
Cargo: Engenheiro Agrimensor
Empresa: Terracap
Local: Brasilia (DF)
Contato: Inscrições de 19/11/2009 a 28/12/2009 através do site www.universa.org.br/conc_proximos.asp
Cargo: Profissional com conhecimento em AutoCAD Map para customização e programação (mínimo 3 anos), desejável formação superior em Geografia ou Cartografia para atuação em projetos de Geoprocessamento de Imagens para integração de cadastro urbano de Municípios
Empresa: Empresa autorizada Autodesk
Local: Campinas (SP)
Contato: Enviar currículo para helena@tecgraf.com.br
Cargo: Técnico em Agrimensura e Topógrafo que saiba trabalhar com A-Cad, GPS e softwares topografia em geral e conhecimento em Inglês
Empresa: Não divulgada
Local: Tripoli e Benghazi - Libya
Contato: Enviar currículo para top.libia@gmail.com
Cargo: Engenheiro Cartógrafo com mínimo de 5 anos de experiência que tenha conhecimentos de geoprocessamento, sensoriamento remoto, softwares GIS, especialmente ArcGIS (ESRI), ArcGIS Server e geodatabase, correção geométrica de imagens de satélite (ou radar), avaliações de PEC, planejamento e realização de atividades de campo para aquisição de pontos de controle com GPS geodésico.
Empresa: Geoambiente Sensoriamento Remoto Ltda
Local: São José dos campos (SP)
Contato: Enviar currículo para josecarlos.cecarelli@geoambiente.com.br mencionando último salário (ou atual) e pretensão (CLT)
Concursos Públicos
Cargo: Engenheiro Ambiental, Engenheiro Civil, Engenheiro Sanitarista, Engenheiro Sanitarista Ambiental e Geógrafo
Instituição: Prefeitura Municipal de Bombinhas
Local: Bombinhas (SC)
Contato: Inscrições de 4 a 29 de Novembro pelo site www.fafipa.org/concursos
Cargo: Engenheiro Sanitarista, Técnico em Agrimensura e Engenheiro Civil
Instituição: Prefeitura de Palhoça
Local: Palhoça (SC)
Contato: Inscrições de 04 a 30 de Novembro pelo site http://pmp.fepese.ufsc.br
Cargo: Professor de Geografia
Instituição: Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Local: Recife (PE)
Contato: www.proacad.ufpe.br/dde/edital_prof_magisterio_superior_2009/edital_154_16112009/edital_154_dou_218_16112009.pdf
O Portal MundoGEO publica, toda semana, as mais recentes oportunidades de trabalho na área de geoinformação. São empregos com carteira assinada, trabalhos temporários, processos seletivos, concursos públicos, licitações, estágios e programas de trainee.
Empregos
Cargo: Analista GIS e Desenvolvedor de Sistemas Web para atuar na área técnica de software para geoprocessamento. O candidato deve ter curso superior em engenharia, geografia ou geologia, domínio de ferramentas de geoprocessamento, preferencialmente da tecnologia Intergraph, noções em banco de dados Oracle ou SQL Server; residir na Grande São Paulo, inglês intermediário, boa capacidade de comunicação e disponibilidade para viagens. Código das vagas: "GIS-SP”, "GIS-RJ” e "DES-GIS”
Empresa: Sisgraph
Local: São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Belo Horizonte (MG)
Contato: Enviar currículo para fernando@sisgraph.com.br mencionando último salário (ou atual) e pretensão (CLT)
Cargo: Topógrafo com experiência em levantamento de campo com estação total, GPS, nivelamento geométrico, conhecimentos em informática, processamento de dados de campo no escritório, disponibilidade de viagem, imprescindível carteira de motorista categoria B
Empresa: Prestadora de Serviço da Petrobrás
Local: Mossoró (RN)
Contato: Enviar currículo para rh@senografia.com.br, com o assunto "Topógrafo Mossoró"
Cargo: Engenheiro Agrimensor
Empresa: Terracap
Local: Brasilia (DF)
Contato: Inscrições de 19/11/2009 a 28/12/2009 através do site www.universa.org.br/conc_proximos.asp
Cargo: Profissional com conhecimento em AutoCAD Map para customização e programação (mínimo 3 anos), desejável formação superior em Geografia ou Cartografia para atuação em projetos de Geoprocessamento de Imagens para integração de cadastro urbano de Municípios
Empresa: Empresa autorizada Autodesk
Local: Campinas (SP)
Contato: Enviar currículo para helena@tecgraf.com.br
Cargo: Técnico em Agrimensura e Topógrafo que saiba trabalhar com A-Cad, GPS e softwares topografia em geral e conhecimento em Inglês
Empresa: Não divulgada
Local: Tripoli e Benghazi - Libya
Contato: Enviar currículo para top.libia@gmail.com
Cargo: Engenheiro Cartógrafo com mínimo de 5 anos de experiência que tenha conhecimentos de geoprocessamento, sensoriamento remoto, softwares GIS, especialmente ArcGIS (ESRI), ArcGIS Server e geodatabase, correção geométrica de imagens de satélite (ou radar), avaliações de PEC, planejamento e realização de atividades de campo para aquisição de pontos de controle com GPS geodésico.
Empresa: Geoambiente Sensoriamento Remoto Ltda
Local: São José dos campos (SP)
Contato: Enviar currículo para josecarlos.cecarelli@geoambiente.com.br mencionando último salário (ou atual) e pretensão (CLT)
Concursos Públicos
Cargo: Engenheiro Ambiental, Engenheiro Civil, Engenheiro Sanitarista, Engenheiro Sanitarista Ambiental e Geógrafo
Instituição: Prefeitura Municipal de Bombinhas
Local: Bombinhas (SC)
Contato: Inscrições de 4 a 29 de Novembro pelo site www.fafipa.org/concursos
Cargo: Engenheiro Sanitarista, Técnico em Agrimensura e Engenheiro Civil
Instituição: Prefeitura de Palhoça
Local: Palhoça (SC)
Contato: Inscrições de 04 a 30 de Novembro pelo site http://pmp.fepese.ufsc.br
Cargo: Professor de Geografia
Instituição: Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Local: Recife (PE)
Contato: www.proacad.ufpe.br/dde/edital_prof_magisterio_superior_2009/edital_154_16112009/edital_154_dou_218_16112009.pdf
terça-feira, 17 de novembro de 2009
Conta do clima é de R$ 99,9 bilhões
O governo estima que gastará R$ 99,9 bilhões para reduzir o desmatamento e diminuir as emissões de gases do efeito estufa. O valor faz parte da proposta que os ministérios apresentaram ao presidente Lula na reunião realizada na última terça-feira. A ideia é alocar o dinheiro em projetos que começariam em 2010 e seguiriam até 2020.
Os custos são destinados a garantir a promessa de redução de 80% do desmatamento - carro-chefe da proposta que o Brasil levará ao encontro de cúpula em Copenhague. Mas o plano prevê ações em outras áreas, como energia, siderurgia e agropecuária.
A ação mais cara é a que se encontra sob a rubrica de "pagamento por serviços ambientais", que consumiria R$ 33 bilhões em dez anos. Em seguida vem a regularização fundiária de unidades de conservação, com investimentos de R$ 30 bilhões até 2020. As fontes de financiamento não estão claras.
(Fonte: O Globo )
Os custos são destinados a garantir a promessa de redução de 80% do desmatamento - carro-chefe da proposta que o Brasil levará ao encontro de cúpula em Copenhague. Mas o plano prevê ações em outras áreas, como energia, siderurgia e agropecuária.
A ação mais cara é a que se encontra sob a rubrica de "pagamento por serviços ambientais", que consumiria R$ 33 bilhões em dez anos. Em seguida vem a regularização fundiária de unidades de conservação, com investimentos de R$ 30 bilhões até 2020. As fontes de financiamento não estão claras.
(Fonte: O Globo )
Humanidade absorve mais recursos do que a Terra oferece
Em 2009, o planeta Terra “entrou no cheque especial” da natureza no dia 25 de setembro, quando a humanidade passou a consumir mais recursos do que o planeta pode oferecer este ano. O cálculo é da Global Footprint Network, instituição que aplica a ferramenta da “pegada ecológica”.
“É um simples caso de renda versus gasto”, explicou o presidente da instituição, Mathis Wackernagel. “Durante vários anos, nossa demanda sobre a natureza tem superado, por uma margem cada vez mais crescente, o orçamento do que a natureza pode produzir”, explicou.
As mudanças climáticas, a perda da biodiversidade, a redução de florestas, o declínio da pesca, a erosão do solo são sinais claros de que a natureza está ficando sem crédito para continuar emprestando, alertou Wackernagel.
A primeira vez na história que a humanidade exigiu da Terra mais recursos do que ela poderia proporcionar foi em 1986. Desde então, por causa da crescente voracidade dos seres humanos, o “Earth Overshoot Day”, dia que marca a passagem para o “cheque especial” sobre a Terra, acontece mais cedo.
No início de 2000, o dia do crescimento além da oferta do planeta ocorreu em novembro. Nem mesmo a crise global, que teve início em setembro de 2008, foi capaz de recuar o quadro do consumo de recursos naturais, hoje na ordem de 40% maior do que o planeta é capaz de recompor.
A pegada ecológica, informa a Agência Envolverde, que divulgou o alerta da Global Footprint Network, é a medida que calcula a área produtiva necessária, de terra e de mar, para produzir tudo o que a humanidade consome – alimentos, roupa, energia – e também para absorver os resíduos que ela gera.
Na atualidade, e tomando a pegada ecológica como medida, cada habitante do planeta tem 2,1 hectares disponíveis em recursos naturais para atender suas necessidades. O sobreconsumo de recursos elevou a pegada ecológica para 2,7 hectares por habitante. O 0,6 hectare é o excedente que põe o planeta em risco e está distribuído de forma desigual entre os países.
Assim, enquanto a pegada ecológica dos Emirados Árabes Unidos é de 9,6, dos Estados Unidos de 9,4, e do Kuwait 8,9, a pegada ecológica da Índia é de 0,9, do Haiti 0,5, do Congo 0,5. A pegada ecológica do Brasil é de 2,4.
(Fonte: Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação)
“É um simples caso de renda versus gasto”, explicou o presidente da instituição, Mathis Wackernagel. “Durante vários anos, nossa demanda sobre a natureza tem superado, por uma margem cada vez mais crescente, o orçamento do que a natureza pode produzir”, explicou.
As mudanças climáticas, a perda da biodiversidade, a redução de florestas, o declínio da pesca, a erosão do solo são sinais claros de que a natureza está ficando sem crédito para continuar emprestando, alertou Wackernagel.
A primeira vez na história que a humanidade exigiu da Terra mais recursos do que ela poderia proporcionar foi em 1986. Desde então, por causa da crescente voracidade dos seres humanos, o “Earth Overshoot Day”, dia que marca a passagem para o “cheque especial” sobre a Terra, acontece mais cedo.
No início de 2000, o dia do crescimento além da oferta do planeta ocorreu em novembro. Nem mesmo a crise global, que teve início em setembro de 2008, foi capaz de recuar o quadro do consumo de recursos naturais, hoje na ordem de 40% maior do que o planeta é capaz de recompor.
A pegada ecológica, informa a Agência Envolverde, que divulgou o alerta da Global Footprint Network, é a medida que calcula a área produtiva necessária, de terra e de mar, para produzir tudo o que a humanidade consome – alimentos, roupa, energia – e também para absorver os resíduos que ela gera.
Na atualidade, e tomando a pegada ecológica como medida, cada habitante do planeta tem 2,1 hectares disponíveis em recursos naturais para atender suas necessidades. O sobreconsumo de recursos elevou a pegada ecológica para 2,7 hectares por habitante. O 0,6 hectare é o excedente que põe o planeta em risco e está distribuído de forma desigual entre os países.
Assim, enquanto a pegada ecológica dos Emirados Árabes Unidos é de 9,6, dos Estados Unidos de 9,4, e do Kuwait 8,9, a pegada ecológica da Índia é de 0,9, do Haiti 0,5, do Congo 0,5. A pegada ecológica do Brasil é de 2,4.
(Fonte: Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação)
Vai e Volta na COP15
O governo brasileiro encheu o peito e cresceu nas negociações internacionais ao anunciar metas voluntárias maiores do que muitos países ricos têm colocado na mesa até agora e exibir uma queda histórica no desmatamento da Amazônia. Pena foi ver o tom eleitoreiro envolvendo tais ações, já que é clara a tentativa do presidente Lula de "esverdear" a sua candidata para as eleições do próximo ano, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Quem acompanha seu trabalho sabe que ela esteve sempre a frente nos embates entre desenvolvimentismo X ambientalismo, tendo o PAC como carro-chefe.
Fora isso, Lula, que acertou com Sarkozy uma "bíblia climática" , pode sim exercer um papel de liderança na Conferência do Clima de Copenhague, que começa em pouco mais de duas semanas. Contudo, o complicado jogo político ganha novos capítulos a cada dia. Primeiro Barack Obama e Hu J intao, junto com outros líderes da APEC, dizem que será difícil fechar um acordo ainda neste ano. Hoje, em uma nova reunião na China, parecem ter mudado de idéia e Obama declara que Copenhague deve resultar em um acordo com "efeito operacional imediato".
Entre jogos de palavras, evitar conseqüências dramáticas das mudanças climáticas para milhões que estão bem longe dos palácios governamentais não parece ser a prioridade no momento. Aliás, a conta vai ser muita cara!
Tenha uma boa leitura!
Equipe CarbonoBrasil
Fora isso, Lula, que acertou com Sarkozy uma "bíblia climática" , pode sim exercer um papel de liderança na Conferência do Clima de Copenhague, que começa em pouco mais de duas semanas. Contudo, o complicado jogo político ganha novos capítulos a cada dia. Primeiro Barack Obama e Hu J intao, junto com outros líderes da APEC, dizem que será difícil fechar um acordo ainda neste ano. Hoje, em uma nova reunião na China, parecem ter mudado de idéia e Obama declara que Copenhague deve resultar em um acordo com "efeito operacional imediato".
Entre jogos de palavras, evitar conseqüências dramáticas das mudanças climáticas para milhões que estão bem longe dos palácios governamentais não parece ser a prioridade no momento. Aliás, a conta vai ser muita cara!
Tenha uma boa leitura!
Equipe CarbonoBrasil
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
RECICLAGEM - LIXO TECNOLÓGICO CRIA NOVO RAMO PARA NEGÓCIOS
Serviço é especializado e está de acordo com as leis ambientais.
O crescente volume de lixo tecnológico, como celulares, computadores e televisores descartados pelos consumidores, está movimentando um novo negócio no Brasil. São fábricas que desconstroem equipamentos para recolocar as matérias primas no processo industrial, a chamada manufatura reversa. O segmento começa a ser visto como promissor. Vários Estados, como São Paulo, estão criando leis que obrigam os fabricantes a darem destino correto aos eletroeletrônicos ao fim de sua vida útil. Por ser ainda incipiente, não existem estatísticas precisas sobre o quanto essa indústria movimenta. Mas ela difere dos sucateiros de fundo de quintal, que desmontam equipamentos para retirar apenas os metais preciosos, como ouro e prata, presentes nas placas de computadores. – As empresas que estão se estabelecendo nesse mercado oferecem um serviço especializado e em conformidade com leis ambientais. Não competem com os catadores das ruas – diz Diógenes Del Bel, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Tratamento de Resíduos (Abetre), entidade que reúne algumas dessas companhias. A desmontagem dos equipamentos visa aproveitar as matérias primas. Componentes como metais e plásticos são separados e vendidos à indústria, por preços que variam conforme o mercado. Mas o Brasil ainda não tem parque tecnológico para recuperar baterias de celulares e placas de computadores, que são enviados para países como China, Japão, Estados Unidos e Alemanha para serem totalmente reaproveitados. Este ano, o país deve vender 12 milhões de computadores, 47 milhões de celulares e 9 milhões de televisores, segundo estimativas da indústria. É difícil calcular o tempo de obsolescência dos equipamentos, mas a iminência de uma lei nacional que obrigue os fabricantes a dar destino à sucata já traz boas perspectivas para as empresas. A Oxil, empresa de manufatura reversa com sede em Paulínia (SP) e filial em Salvador, já sente o aumento da demanda. – O número de equipamentos recolhidos mais que dobrou do ano passado para cá – diz Akiko Ribeiro, diretora executiva da Oxil. São recolhidos por mês 40 toneladas de equipamentos eletrônicos e 4 mil geladeiras. Para dar conta da demanda, a empresa precisou ampliar em seis vezes o quadro de funcionários: passou de 10 empregados, há um ano, para cerca de 60. Fabricantes de informática, como a Itautec, também estão de olho nesse mercado. Segundo João Carlos Redondo, gerente de sustentabilidade da Itautec, este ano a demanda por reciclagem tem sido maior que em 2008.
(Fonte: Diário Catarinense - 9 de novembro de 2009.)
O crescente volume de lixo tecnológico, como celulares, computadores e televisores descartados pelos consumidores, está movimentando um novo negócio no Brasil. São fábricas que desconstroem equipamentos para recolocar as matérias primas no processo industrial, a chamada manufatura reversa. O segmento começa a ser visto como promissor. Vários Estados, como São Paulo, estão criando leis que obrigam os fabricantes a darem destino correto aos eletroeletrônicos ao fim de sua vida útil. Por ser ainda incipiente, não existem estatísticas precisas sobre o quanto essa indústria movimenta. Mas ela difere dos sucateiros de fundo de quintal, que desmontam equipamentos para retirar apenas os metais preciosos, como ouro e prata, presentes nas placas de computadores. – As empresas que estão se estabelecendo nesse mercado oferecem um serviço especializado e em conformidade com leis ambientais. Não competem com os catadores das ruas – diz Diógenes Del Bel, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Tratamento de Resíduos (Abetre), entidade que reúne algumas dessas companhias. A desmontagem dos equipamentos visa aproveitar as matérias primas. Componentes como metais e plásticos são separados e vendidos à indústria, por preços que variam conforme o mercado. Mas o Brasil ainda não tem parque tecnológico para recuperar baterias de celulares e placas de computadores, que são enviados para países como China, Japão, Estados Unidos e Alemanha para serem totalmente reaproveitados. Este ano, o país deve vender 12 milhões de computadores, 47 milhões de celulares e 9 milhões de televisores, segundo estimativas da indústria. É difícil calcular o tempo de obsolescência dos equipamentos, mas a iminência de uma lei nacional que obrigue os fabricantes a dar destino à sucata já traz boas perspectivas para as empresas. A Oxil, empresa de manufatura reversa com sede em Paulínia (SP) e filial em Salvador, já sente o aumento da demanda. – O número de equipamentos recolhidos mais que dobrou do ano passado para cá – diz Akiko Ribeiro, diretora executiva da Oxil. São recolhidos por mês 40 toneladas de equipamentos eletrônicos e 4 mil geladeiras. Para dar conta da demanda, a empresa precisou ampliar em seis vezes o quadro de funcionários: passou de 10 empregados, há um ano, para cerca de 60. Fabricantes de informática, como a Itautec, também estão de olho nesse mercado. Segundo João Carlos Redondo, gerente de sustentabilidade da Itautec, este ano a demanda por reciclagem tem sido maior que em 2008.
(Fonte: Diário Catarinense - 9 de novembro de 2009.)
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Câmara aprova projeto sobre mudança do clima
De A Tribuna On-line
A Câmara dos Deputados aprovou na manhã desta quarta-feira projeto de lei que trata das políticas de mudanças climáticas. Os deputados aprovaram o texto apresentado pelo deputado Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP), relator da proposta na comissão especial que analisou o projeto de autoria do deputado Sarney Filho (PV-MA).
O relator apresentou várias mudanças. Entre elas, a que estabelece que o governo terá que definir metas quantificáveis e verificáveis quanto redução na emissão de gases do efeito estufa. O projeto segue agora apreciação do Senado.
Outra mudança apresentada por Mendes Thame e aprovada pelos deputados determina como uma das linhas de atuação o uso de incentivos fiscais e tributários para estimular o consumo de produtos ambientalmente corretos. O relator estabeleceu também que os chamados créditos de carbono são títulos mobiliários negociáveis em bolsas de valores e de mercadorias e futuros.
O deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) disse que o projeto melhora a longo prazo as políticas climáticas do país. O projeto visa a passar progressivamente o Brasil por uma sociedade de baixo carbono. Ele contém algumas orientações sobre mudança de frota do governo federal, sobre medidas que o governo deve tomar.
Prevê também que temos de produzir até 25 % da energia de fontes renováveis. Enfim, tem uma série de boas sugestões que o Brasil pode aceitar e levar adiante.
Segundo ele, o Legislativo queria ter uma posição sobre as políticas climáticas. Essa será uma posição que o governo vai considerar quando estiver em Copenhague." Gabeira disse que o Congresso melhorou o texto original. Estamos agora com uma boa proposta para o momento. Precisamos avançar muito.
Fonte: Agência Estado
A Câmara dos Deputados aprovou na manhã desta quarta-feira projeto de lei que trata das políticas de mudanças climáticas. Os deputados aprovaram o texto apresentado pelo deputado Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP), relator da proposta na comissão especial que analisou o projeto de autoria do deputado Sarney Filho (PV-MA).
O relator apresentou várias mudanças. Entre elas, a que estabelece que o governo terá que definir metas quantificáveis e verificáveis quanto redução na emissão de gases do efeito estufa. O projeto segue agora apreciação do Senado.
Outra mudança apresentada por Mendes Thame e aprovada pelos deputados determina como uma das linhas de atuação o uso de incentivos fiscais e tributários para estimular o consumo de produtos ambientalmente corretos. O relator estabeleceu também que os chamados créditos de carbono são títulos mobiliários negociáveis em bolsas de valores e de mercadorias e futuros.
O deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) disse que o projeto melhora a longo prazo as políticas climáticas do país. O projeto visa a passar progressivamente o Brasil por uma sociedade de baixo carbono. Ele contém algumas orientações sobre mudança de frota do governo federal, sobre medidas que o governo deve tomar.
Prevê também que temos de produzir até 25 % da energia de fontes renováveis. Enfim, tem uma série de boas sugestões que o Brasil pode aceitar e levar adiante.
Segundo ele, o Legislativo queria ter uma posição sobre as políticas climáticas. Essa será uma posição que o governo vai considerar quando estiver em Copenhague." Gabeira disse que o Congresso melhorou o texto original. Estamos agora com uma boa proposta para o momento. Precisamos avançar muito.
Fonte: Agência Estado
Política sem número passa na Câmara
São Paulo, quarta-feira, 28 de outubro de 2009 - DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O projeto de lei que institui uma política nacional sobre mudanças climáticas foi aprovado na noite de ontem pela Câmara dos Deputados, em votação simbólica e sem menção a metas numéricas de redução de emissões.O texto, que segue agora para o Senado, prevê de forma genérica, entre outros pontos, que o país adotará "medidas para prever, evitar ou minimizar as causas identificadas da mudança climática", que substituirá gradativamente o uso de combustíveis fósseis por energia renovável, além de estabelecer que os recursos para esse fim não poderão ser represados (contingenciados) pelos órgãos públicos.Na Câmara, representantes do Greenpeace criticaram a derrubada de uma emenda que previa o retorno das emissões aos níveis de 1990. "Os deputados preferiram lavar as mãos", disse João Talocchi, coordenador da campanha de clima da ONG.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ciencia/fe2810200902.htm
O projeto de lei que institui uma política nacional sobre mudanças climáticas foi aprovado na noite de ontem pela Câmara dos Deputados, em votação simbólica e sem menção a metas numéricas de redução de emissões.O texto, que segue agora para o Senado, prevê de forma genérica, entre outros pontos, que o país adotará "medidas para prever, evitar ou minimizar as causas identificadas da mudança climática", que substituirá gradativamente o uso de combustíveis fósseis por energia renovável, além de estabelecer que os recursos para esse fim não poderão ser represados (contingenciados) pelos órgãos públicos.Na Câmara, representantes do Greenpeace criticaram a derrubada de uma emenda que previa o retorno das emissões aos níveis de 1990. "Os deputados preferiram lavar as mãos", disse João Talocchi, coordenador da campanha de clima da ONG.
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
Verde: a cor da nova economia
As energias renováveis fomentam um mercado bilionário e, além de ajudar a limpar o planeta, serão um dos motores para salvar a economia por Texto Alexandre Versignassi e Barbara Axt
Peng Xiaofeng, de 33 anos, acaba de virar o 4º homem mais rico da China, com uma fortuna de US$ 3,96 bilhões. No ano passado, ele era o 6º. Nada mau num ano em que magnatas do mundo todo perderam muito com a crise. Outro que tem motivos para comemorar é Shi Zhengrong, 45 anos. Ele pulou da 25ª posição para a 8ª, com US$ 3,1 billhões.
Essas histórias não teriam nada de mais não fosse o trabalho dos dois empresários: fazer painéis solares. Num país movido a carvão, o combustível mais poluente que existe, eles juntaram bilhões com uma fonte de energia limpa, que não queima combustíveis fósseis nem libera CO2 na atmosfera.
Peng e Shi não estão sozinhos. O dinheiro investido em fontes sustentáveis subiu de US$ 33 bilhões em 2004 para US$ 148 bilhões até o final do ano passado. Um salto de 450%. ?A mensagem desses números é clara: a energia verde já é um investimento de primeira linha, e continua acelerando?, disse o alemão Achim Steiner, chefe do Programa da ONU para o Ambiente. E a coisa tem espaço de sobra para crescer, já que hoje só 13% da energia mundial vem de fontes limpas.
É tanto espaço que, para o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, são justamente elas que podem tirar a economia mundial do buraco. Por dois motivos. Um: para que o aumento da temperatura mundial seja de apenas 2 oC em 2050 ? e não os catastróficos 7 oC previstos hoje ? temos de cortar nossas emissões de carbono pela metade, então as alternativas ao petróleo e ao carvão têm de vir já. Dois: para o mundo recuperar a saúde financeira, temos de criar empregos o mais rápido possível. E a economia vive em ciclos, impulsionada por um novo motor de cada vez. Nos anos 90 era a tecnologia, que criou 1,6 milhão de empregos só nos EUA. Depois que a bolha da internet estourou, o dinheiro migrou para a especulação imobiliária. O sistema financeiro ficou grande, forte e deu impulso ao maior crescimento econômico da história. Agora que essa página está virada, o capitalismo precisa encontar um motor novo. Opa: que tal um mercado que já cresce muito e é vital para a sobrevivência do planeta? Pois então. E não é só Ban Ki-moon que imagina a energia limpa como salvadora da economia.
Alguns dos governantes mais poderosos do mundo estão colocando bilhões de dólares em fichas nessa mesa. Barack Obama, por exemplo. O homem que assume a Casa Branca em janeiro quer gastar US$ 150 bilhões em ajuda para as empresas que desenvolverem tecnologias limpas ? seja painéis solares, carros elétricos, etanol de celulose ou o que for. A idéia é fazer a iniciativa privada entrar nessa de cabeça em busca de lucro, como fazem muito bem os magnatas chineses. E lucro é a motivação mais eficiente que existe. A brincadeira, segundo Obama, vai abrir 5 milhões de vagas nos próximos 10 anos. Só para comparar: os EUA geram 2 milhões de empregos por ano, em épocas boas. Isso dá uma idéia de como o plano pode mexer com o país, não? Seria mais ou menos uma versão verde do New Deal, o programa que o presidente Roosevelt implementou nos anos 30 para reaquecer a economia dos EUA, criar empregos e tirar o país da Grande Depressão.
O que nos EUA ainda está no papel, na Europa já começou a se concretizar. Na Alemanha, a indústria da energia verde emprega 250 mil pessoas hoje, o dobro de 2004, graças a incentivos do governo. E a expectativa é que até 2020 o setor ultrapasse o da fabricação de automóveis como o que mais gera empregos lá ? isso num país que é a casa da Volkswagen, da Mercedes, da BMW, da Porsche...
O Reino Unido segue essa toada: eles planejam gastar US$ 100 bilhões em turbinas de vento na próxima década para aposentar usinas de carvão. ?Dizem que as dificuldades financeiras de hoje tiraram o aquecimento global do topo da lista de preocupações?, falou recentemente o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown. ?Acredito que seja o contrário.?
Nicholas Sarkozy, da França, também: ele aprovou no Parlamento o gasto de centenas de milhões de euros para os próximos anos em energia limpa. E espera que, além de cortar boa parte da emissão de CO2, isso crie 500 mil vagas.
Carros movidos a vento
Um dos projetos mais arrojados nessa linha, porém, não está nos EUA nem na Europa, mas em Israel. O país quer se livrar da dependência de petróleo estrangeiro o mais rápido possível ? uma necessidade para quem é visto como inimigo número 1 pelas nações que dominam o comércio dos barris. A idéia, então, é substituir a maior parte da frota do país por carros elétricos.
O pontapé inicial do projeto veio da iniciativa privada. Shai Agassi, um empresário israelense radicado nos EUA, convenceu o governo a cortar impostos de carros elétricos e juntou US$ 200 milhões de investidores para montar uma rede de postos de recarga. Com o compromisso do Estado e o dinheiro na mão, faltavam os carros. Então sua empresa, a Better Place, fez um acordo com o brasileiro Carlos Ghosn, presidente mundial da Renault, para que a montadora desenvolvesse carros elétricos para esse futuro mercado israelense. Resultado: 50 protótipos elétricos e os primeiros ?postos de eletricidade? devem estar nas ruas de Tel-Aviv no ano que vem. A montadora francesa diz que estará pronta para fabricar seus elétricos em massa a partir de 2011, e Agassi promete instalar milhares de postos de recarga até lá.
Tem mais: Israel não deve ser o único a abraçar pra valer os elétricos. A Dinamarca também gostou da idéia e está negociando com a Better Place. Note que o país escandinavo já tira 20% de sua eletricidade de usinas eólicas (é o campeão mundial nesse quesito). Encher um lugar assim de carros elétricos significa, na prática, uma frota movida a vento. Nada poderia ser mais verde.
Se essas e as outras iniciativas derem certo, os professores de história do século 22 poderão dizer: ?Depois da Grande Crise de 2008, as energias limpas começaram a receber cada vez mais investimentos. E é por causa disso que vocês estão aqui agora, crianças?
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
O futuro da natureza e da agricultura
Modelos matemáticos ajudam a antever os efeitos do aquecimento global no país
Daqui a um século, as mudanças climáticas prometem causar alterações profundas na natureza e na agricultura brasileiras. É possível que a onça-pintada, o maior felino das Américas, não encontre áreas ideais para viver na Amazônia. O Cerrado, por sua vez, pode sumir de vez do oeste do estado de São Paulo. E as perdas no cultivo de soja no Brasil correm o risco de chegar a 40%, ou seja, a um prejuízo anual de R$ 4,3 bilhões. Essas são algumas das projeções feitas por pesquisadores preocupados com as transformações no clima projetadas pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). O que permite aos ecólogos e agrônomos tirar os olhos do presente e mirar o futuro são modelos matemáticos que buscam resumir em poucos parâmetros as condições ambientais essenciais para cada espécie e simular o que pode acontecer com o clima em diferentes cenários de concentração de gases na atmosfera.“As unidades de conservação atuais podem não servir para preservar as espécies”, alerta Paulo De Marco Júnior, da Universidade Federal de Goiás (UFG). Ele lidera, junto com José Alexandre Diniz-Filho, o Laboratório de Ecologia Teórica e Síntese, um dos principais grupos de pesquisa brasileiros no uso de modelos ecológicos. Para o ecólogo da UFG, não adianta escolher uma área de floresta a ser protegida se ela tiver poucas chances de, no futuro, abrigar a diversidade biológica que se deseja manter. É o caso da onça-pintada (Panthera onca), tema do doutorado de Natália Tôrres sob orientação de Diniz-Filho.A partir de 1.053 registros de onças no banco de dados do Instituto Onça-pintada, Natália definiu, com base em parâmetros de precipitação e temperatura, as condições climáticas ideais para as onças. Embora elas possam viver em ambientes muito variados – desde as matas densas, úmidas e escuras do coração da Amazônia até a aridez da Caatinga –, estudos com armadilhas fotográficas e monitoramento desses grandes felinos revelam que eles preferem florestas mais fechadas e áreas próximas a cursos d’água, com temperaturas entre 20 e 25 graus Celsius (°C) e chuva durante a maior parte do ano. O modelo passou no primeiro teste: foi produzido com base na distribuição atual das onças e em seguida aplicado às condições climáticas do passado. A distribuição encontrada nesse exercício de previsão do passado coincide com os dados históricos – de quando as onças circulavam por praticamente todo o Brasil, em uma área duas vezes maior do que a de hoje, e povoavam o imaginário popular. Maria Guimarães Edição Impressa 164 - Outubro 2009 Pesquisa FAPESP - © Eduardo Cesar
Daqui a um século, as mudanças climáticas prometem causar alterações profundas na natureza e na agricultura brasileiras. É possível que a onça-pintada, o maior felino das Américas, não encontre áreas ideais para viver na Amazônia. O Cerrado, por sua vez, pode sumir de vez do oeste do estado de São Paulo. E as perdas no cultivo de soja no Brasil correm o risco de chegar a 40%, ou seja, a um prejuízo anual de R$ 4,3 bilhões. Essas são algumas das projeções feitas por pesquisadores preocupados com as transformações no clima projetadas pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). O que permite aos ecólogos e agrônomos tirar os olhos do presente e mirar o futuro são modelos matemáticos que buscam resumir em poucos parâmetros as condições ambientais essenciais para cada espécie e simular o que pode acontecer com o clima em diferentes cenários de concentração de gases na atmosfera.“As unidades de conservação atuais podem não servir para preservar as espécies”, alerta Paulo De Marco Júnior, da Universidade Federal de Goiás (UFG). Ele lidera, junto com José Alexandre Diniz-Filho, o Laboratório de Ecologia Teórica e Síntese, um dos principais grupos de pesquisa brasileiros no uso de modelos ecológicos. Para o ecólogo da UFG, não adianta escolher uma área de floresta a ser protegida se ela tiver poucas chances de, no futuro, abrigar a diversidade biológica que se deseja manter. É o caso da onça-pintada (Panthera onca), tema do doutorado de Natália Tôrres sob orientação de Diniz-Filho.A partir de 1.053 registros de onças no banco de dados do Instituto Onça-pintada, Natália definiu, com base em parâmetros de precipitação e temperatura, as condições climáticas ideais para as onças. Embora elas possam viver em ambientes muito variados – desde as matas densas, úmidas e escuras do coração da Amazônia até a aridez da Caatinga –, estudos com armadilhas fotográficas e monitoramento desses grandes felinos revelam que eles preferem florestas mais fechadas e áreas próximas a cursos d’água, com temperaturas entre 20 e 25 graus Celsius (°C) e chuva durante a maior parte do ano. O modelo passou no primeiro teste: foi produzido com base na distribuição atual das onças e em seguida aplicado às condições climáticas do passado. A distribuição encontrada nesse exercício de previsão do passado coincide com os dados históricos – de quando as onças circulavam por praticamente todo o Brasil, em uma área duas vezes maior do que a de hoje, e povoavam o imaginário popular. Maria Guimarães Edição Impressa 164 - Outubro 2009 Pesquisa FAPESP - © Eduardo Cesar
terça-feira, 13 de outubro de 2009
Governador e Secretário Onofre instalam Fórum Estadual de Mudanças Climáticas no Estado
Foi instalado na manhã desta quarta-feira (07), no auditório da Fapesc, em Florianópolis, o Fórum Estadual de Mudanças Climáticas Globais. O Fórum terá como objetivo principal promover discussões sobre as mudanças climáticas e catalisar ações com a integração de diferentes órgãos públicos, setores produtivos e sociedade civil. Será um ambiente de discussão e reflexão sobre problemas e propostas, para que se possa criar as condições e soluções para a minimização dos impactos decorrentes do aquecimento global do planeta. Após a instalação das câmaras temáticas, o Fórum terá como meta principal a elaboração do Plano Estadual de Mudanças Climáticas, que deverá nortear as ações do Estado para uma economia com baixa emissão de carbono.
No último século, registrou-se o aumento de cerca de 1º C na temperatura média da superfície do globo e, segundo previsões conservadoras, estima-se que, para o próximo século, o aumento seja de aproximadamente 4,0º. Esse aumento da temperatura na atmosfera terrestre é causado pela intensificação dos gases que formam o efeito estufa, dentre os quais se destacam o dióxido de carbono, metano, óxido nitroso e hexafluoreto de enxofre.
Os principais fatores que vem contribuindo para o aumento exagerado das emissões dos gases de efeito estufa são as atividades do homem, tais como a queima de combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás natural), as queimadas, as atividades agropastoris, os lixões e aterros sanitários sem tratamento. Em resposta a isso testemunhamos, de forma mais evidente nos últimos anos, inúmeras catástrofes naturais.
De acordo com uma pesquisa realizada pelo IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, divulgada no dia 14 de maio de 2008, a temperatura média do Brasil pode subir entre 1,8º e 6º no próximo século, o que afetará principalmente a biodiversidade, os recursos hídricos e a vegetação. A previsão é de que a região Sul seja prejudicada com o aumento das enchentes.
Por isso, a urgência de implementação de políticas públicas no Estado de Santa Catarina, adequadas à realidade local, visando estimular a implementação de atividades de projetos que reduzam as emissões de gases de efeito estufa e o desenvolvimento econômico e sustentável do Estado, como forma de contribuir com o esforço mundial para salvar o planeta.
Nesse contexto, o Secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável, Onofre Santo Agostini, encaminhou ao Governador do Estado, senhor Luiz Henrique da Silveira, em 2008, anteprojeto de lei que visa à conscientização baseada em uma Política Estadual de Mudanças Climáticas e Desenvolvimento Sustentável. O projeto prevê a criação de uma estrutura jurídica especial para atingir as diretrizes e objetivos, dentre os quais se destacam programas de Mudanças Climáticas; de Incentivo à Produção e à Utilização de Biocombustíveis; de Educação, Capacitação e Cooperação Ambiental, além da criação de incentivos fiscais e tributários.
Por meio da referida estrutura jurídica, a Política Estadual de Mudanças Climáticas de Santa Catarina ainda possibilitará e instigará:
– o fomento e incentivo às iniciativas públicas e privadas que contribuam para o alcance da estabilização das concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera em um nível que impeça a interferência humana perigosa no sistema climático;
– a proteção de reservatórios naturais no território do Estado de Santa Catarina;
– a informação e a conscientização da sociedade acerca da temática da mudança climática por meio da educação ambiental;
- o desenvolvimento social, econômico e tecnológico de forma compatível com a proteção do sistema climático e do meio ambiente e à eliminação de externalidades negativas de produção.
Onofre diz que a Política Estadual de Mudanças Climáticas é uma necessidade e que os governos devem fazer sua parte para preservar a vida no planeta e garantir o bem-estar das futuras gerações. O Estado se prepara para enfrentar este grande desafio, que traz implicações econômicas, sociais e ambientais, notadamente na agricultura, nas mudanças do ciclo hidrológico e no regime das chuvas, avançando em direção a de um futuro de eficiência energética e baixa emissão de carbono, conclui Agostini.
A Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDS), como forma de orientação e para trabalhar a questão de forma educativa, publicou em forma de caderno, no mês de setembro, três mil exemplares da Lei nº 14.829 que Institui a Política Estadual sobre Mudanças Climáticas e Desenvolvimento Sustentável de Santa Catarina. A SDS disponibiliza o matérial na sua página: www.sds.sc.gov.br
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
Oportunidades da semana na área de geotecnologia; vagas no Brasil e em Portugal
Empregos
Cargo: Programadores Delphi Pleno, com experiência mínima de três anos em desenvolvimento cliente-servidor/WEB, linguagem DELPHI 6 e 7; Banco de dados DB2/IBM. Codificação, testes e documentação baseada na UML Elaboração de plano e caso de testes. O candidato deve ter formação de nível superior na área TIEmpresa: Victus empresa de Soluções para Tecnologia Local: Jacarepaguá (RJ) Contato: Enviar currículo para alba.aguiar@victusconsultoria.com.br. No Campo Assunto: Programador Delphi
Cargo: Programadores Delphi Pleno, com experiência mínima de três anos em desenvolvimento cliente-servidor/WEB, linguagem DELPHI 6 e 7; Banco de dados DB2/IBM. Codificação, testes e documentação baseada na UML Elaboração de plano e caso de testes. O candidato deve ter formação de nível superior na área TIEmpresa: Victus empresa de Soluções para Tecnologia Local: Jacarepaguá (RJ) Contato: Enviar currículo para alba.aguiar@victusconsultoria.com.br. No Campo Assunto: Programador Delphi
Cargo: Técnico em Topografia e/ou Agrimensura para trabalho de escritório e campo. O candidato deve ter experiência mínima de dois anos e habilidades nos softwares AutoCAD e Topograph (avançado) e conhecimentos em terraplenagem montagem.Empresa: Kamax Local: Espirito Santo (ES) Contato: Enviar currículo para kamax@terra.com.br
Cargo: Técnicos com formação superior na área das Ciências Agrárias ou Geográficas ou equivalência ao 12º ano na área das Ciências Agrárias, com carta de condução de veículos ligeiros e experiência em topografia e/ou cadastro. Empresa: COBA, Empresa de Engenharia Local: Lisboa (Portugal) Contato: Enviar currículo para land@coba.pt
Cargo: Professor de Sistemas de Informação Geográfica, do 3º ano do Curso Profissional de Sistemas de Informação Geográfica e professor de Métodos Geo-cartográficos (módulos: 5-Fundamentos de Detecção Remota e 6-Princípios de Fotogrametria), do 2º ano do Curso Profissional de Sistemas de Informação Geográfica Empresa: DRELVT - Escola Profissional de Ciências Geográficas Local: Lisboa (Portugal) Contato: www.drelvt.min-edu.pt
Concurso
Cargo: Professor assistente de Geografia/Ensino de Geografia no Departamento de Geografia da UFMT Empresa: Universidade Federal do Mato Grosso Local: Cuiabá (MT) Contato: www.ufmt.br
Cargo: Professor assistente de Geografia/Ensino de Geografia no Departamento de Geografia da UFMT Empresa: Universidade Federal do Mato Grosso Local: Cuiabá (MT) Contato: www.ufmt.br
Estágio
Cargo: 113 vagas de estágio para áreas diversas. Os candidatos deverão estar matriculados e frequentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação profissional e de ensino médio, devidamente reconhecidas pelo MEC, bem como, atender aos requisitos específicos estabelecidos nos aditamentos que determinarão as vagas abertas Empresa: Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) Local: São Paulo (SP) e filiais da empresa Contato: www.ipt
Cargo: 113 vagas de estágio para áreas diversas. Os candidatos deverão estar matriculados e frequentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação profissional e de ensino médio, devidamente reconhecidas pelo MEC, bem como, atender aos requisitos específicos estabelecidos nos aditamentos que determinarão as vagas abertas Empresa: Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) Local: São Paulo (SP) e filiais da empresa Contato: www.ipt
Fonte: Portal MundoGeo
Esri promove seminário online gratuito para ensinar como usar o ArcGIS Online
Cada vez mais e mais pessoas que trabalham com mapas e outros dados geográficos querem compartilhar informação de forma online. Para ajudá-los nesta tarefa, a Esri lançou o ArcGIS Online, um repositório baseado na web onde os usuários podem encontrar e compartilhar conteúdo geográfico.
Este mês, a Esri apresentará um seminário online para demonstrar como iniciar os trabalhos com esse novo recurso. O treinamento “Sharing Your Maps Using ArcGIS Online” acontecerá no site da www.esri.com/lts no dia 8 de outubro, quinta-feira, às 13h, 15h e 19h no horário de Brasília.
O seminário online é gratuito e direcionado a qualquer pessoa que queira aprender como usar essa aplicação. Nenhuma habilidade com a tecnologia GIS (sistemas de informações geográficas) ou programação é necessária.
O ArcGIS Online, hospedado pela Esri, fornece aos usuários alta qualidade de conteúdo geográfico e serviços de mapas, tarefas GIS e APIs de mapeamento web, tudo dentro de um ambiente colaborativo para compartilhar seus trabalhos.
Os participantes do seminário aprenderão como usar o ArcGIS Online para encontrar, gerenciar e compartilhar mapas, camadas de mapas e aplicações de mapeamento web. Eles também aprenderão como criar mapas online e adicionar camadas de mapas. O apresentador irá demonstrar como criar um grupo, dar carga nos recursos para trocar com o grupo e fazer o download dos recursos para uso nos softwares ArcGIS Desktop e ArcGIS Explorer.
Requisitos
Para assistir ao seminário basta uma conexão à internet e uma conta da Esri Global. Para criar uma conta global, basta acessar www.esri.com/lts, clicar Login e registrar seu nome e endereço. Poucas semanas depois da apresentação ao vivo, o seminário ficará arquivado para visualização no site de treinamento da Esri.
+Informaçõeswww.esri.com/training
Este mês, a Esri apresentará um seminário online para demonstrar como iniciar os trabalhos com esse novo recurso. O treinamento “Sharing Your Maps Using ArcGIS Online” acontecerá no site da www.esri.com/lts no dia 8 de outubro, quinta-feira, às 13h, 15h e 19h no horário de Brasília.
O seminário online é gratuito e direcionado a qualquer pessoa que queira aprender como usar essa aplicação. Nenhuma habilidade com a tecnologia GIS (sistemas de informações geográficas) ou programação é necessária.
O ArcGIS Online, hospedado pela Esri, fornece aos usuários alta qualidade de conteúdo geográfico e serviços de mapas, tarefas GIS e APIs de mapeamento web, tudo dentro de um ambiente colaborativo para compartilhar seus trabalhos.
Os participantes do seminário aprenderão como usar o ArcGIS Online para encontrar, gerenciar e compartilhar mapas, camadas de mapas e aplicações de mapeamento web. Eles também aprenderão como criar mapas online e adicionar camadas de mapas. O apresentador irá demonstrar como criar um grupo, dar carga nos recursos para trocar com o grupo e fazer o download dos recursos para uso nos softwares ArcGIS Desktop e ArcGIS Explorer.
Requisitos
Para assistir ao seminário basta uma conexão à internet e uma conta da Esri Global. Para criar uma conta global, basta acessar www.esri.com/lts, clicar Login e registrar seu nome e endereço. Poucas semanas depois da apresentação ao vivo, o seminário ficará arquivado para visualização no site de treinamento da Esri.
+Informaçõeswww.esri.com/training
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Investimento público reativa indústria de transporte ferroviário
Agenor Marinho Filho, presidente da CAF Brasil: confiança no crescimento do país trouxe fábrica para São Paulo Investimentos públicos em transporte ferroviário de passageiros estão reativando a indústria nacional de trens e equipamentos para o segmento, adormecida há mais de 20 anos no Brasil. De uma produção exclusivamente exportadora de 2003 a 2006, o setor ferroviário de passageiros está crescendo e tem hoje 15% de fabricação voltada ao mercado interno. A perspectiva do lançamento do trem-bala Rio-São Paulo e de projetos de metrô e veículo leve sobre trilhos (VLT) em capitais que se preparam para receber os jogos da Copa do Mundo de 2014 está criando um ambiente propício para o desenvolvimento de linhas de produção no país. São ao menos R$ 74,4 bilhões a serem investidos pelos governos federal e estaduais até 2014 em empreendimentos no setor. A retomada da indústria é perceptível com a recente instalação de uma fábrica da espanhola CAF em Hortolândia (SP) e já causa impacto no planejamento de empresas como a Alstom e a Bombardier, que estão de olho na possibilidade de diversificar a produção no país. Apesar de não dar entrevista, a Siemens também acena ao mercado intenção de ampliar sua atuação. De 2005 a 2008, a produção nacional de trens de passageiro cresceu 147%, enquanto a participação das exportações caiu de 100% para 89% no mesmo período, o que mostra um ganho de espaço do mercado interno. No primeiro semestre deste ano, a produção repetiu o ritmo do ano passado e as exportações continuaram com redução em sua representatividade, passando para 84% do total. Há 15 anos, a Alstom se instalou no país atraída por uma onda de investimentos que não teve continuidade. A empresa, que era a única fabricantes de trens de passageiro no país antes da entrada da CAF, conseguiu se manter porque se voltou às exportações. Só a partir de 2007 esse cenário começou a mudar com os investimentos paulistas na expansão do metrô e na modernização dos trens urbanos da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). De 2007 para cá a empresa conseguiu fechar contratos em São Paulo e Brasília. São 16 trens para o metrô paulista, mais a modernização e renovação de outros 47. Em Brasília os contratos são para a construção de um VLT e para o fornecimento de 12 trens e do sistema de sinalização para o metrô da cidade. "Começa a haver uma diversificação dos polos de investimentos no país e Brasília surge como um local forte em trens de passageiros", diz Ramon Fondevila, diretor-geral da Alstom. Além de um total de 107 trens já comprados para o sistema metroferroviário em São Paulo, há licitações em fase de preparação para encomendar mais 33 trens para a CPTM e 26 trens para o Metrô. "Os investimentos também são importantes para o desenvolvimento da indústria no Estado", diz o secretário paulista dos Transportes Metropolitanos, José Luiz Portella. A continuidade da assinatura de contratos faz com que a Alstom volte a programar sua expansão no Brasil. "Se o mercado continuar dessa forma, pensamos em ampliação e em implantação de novas fábricas", diz Fondevila. A companhia importará os trens para o VLT de Brasília, mas segundo o diretor-geral, a intenção é começar a fabricar esse tipo de trem no Brasil caso surjam novos pedidos. Entre as cidades interessadas em investir no sistema sobre trilhos para passageiros estão Recife, Natal, Salvador, Fortaleza, Belo Horizonte, Curitiba, entre as mais lembradas pelos executivos do setor, muitas já com projetos em andamento com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O Simefre, entidade que representa as fabricantes de materiais e equipamentos ferroviários e rodoviários, calcula que considerando apenas projetos de expansão de metrô e trens urbanos em andamento hoje, há um universo de R$ 21 bilhões em investimento. Caso outras promessas se concretizem, é esperada a entrada de mais R$ 39,8 bilhões. Carlos Levy, presidente da Bombardier Transportation no Brasil, diz que o mais importante para o setor é que os investimentos tenham continuidade. "Para a indústria, o que importa é que os contratos ocorram em períodos curtos, mas que se perpetuem por vários anos", diz. Segundo ele, a perspectiva de Copa do Mundo em 2014 e a possibilidade das Olimpíadas de 2016 serem também no Brasil tem garantido certa segurança às empresas de que mais projetos devem se concretizar. A Bombardier está presente no Brasil desde 2001, mas não fabrica trens. A empresa trabalha com reforma, modernização e sistemas de sinalização de ferrovia de passageiros. Em junho deste ano, ganhou uma licitação para modernizar 26 trens do Metrô paulista, um contrato de cerca de € 87 milhões. De olho nos investimentos, a empresa não descarta a possibilidade de instalar uma nova linha de produção. "Não temos restrição, desde que haja projeto que justifique a produção. No momento, porém, estamos mais concentrados em adequar nossa estrutura a uma capacidade maior de atendimento ao mercado", diz Levy. Segundo ele, a empresa passou recentemente por uma adequação de pessoal, escritórios, atualização tecnológica. A CAF veio ao Brasil para atender uma encomenda de 48 trens da CPTM e 17 do Metrô de São Paulo. A perspectiva de novos contratos é que animou a empresa a se instalar e assim cumprir a exigência contratual de 60% de nacionalização. "Antes tínhamos a intenção em nos associar a uma empresa nacional porque achávamos que o volume não compensava o investimento em uma fábrica. Nossa decisão mudou porque resolvemos olhar o mercado como um todo", diz Agenor Marinho Filho, diretor presidente da CAF Brasil. Caso os investimentos locais não se confirmem, a CAF optou por também se resguardar com o mercado externo. A intenção da empresa é tornar a fábrica em Hortolândia (SP) uma plataforma de exportação para a América Latina. "O Brasil é estratégico, pois é o maior mercado da região", diz o executivo. Marinho Filho afirma, porém, que ainda é difícil dimensionar o mercado potencial no Brasil, pois os projetos dependem de decisões de governos. Mesmo assim, considera que a onda de investimentos deve se concretizar. "Pode demorar um pouco mais, mas os investimentos estão acontecendo. O que dá essa segurança é o país estar crescendo, ter estabilidade, e a necessidade de resolver os gargalos de transporte nas grandes cidades", diz ele. As empresas dizem sentir um aumento do quadro de fornecedores nacionais por conta dos investimentos já em andamento. O índice médio de nacionalização do setor hoje é de 70%, segundo dados do Simefre. Esse é o percentual de componentes nacionais na fabricação de trens da Alstom, mas a expectativa é de que ele aumente. Fondevila, diretor-geral da companhia, diz que já percebe um movimento maior de fabricantes nacionais. "Antes a gente precisava desenvolver fornecedores, escolhia um com capacidade e desenvolvia para atender a nossa necessidade quando o custo de importação era alto. Hoje não é mais necessário", diz. A Marcopolo, do segmento rodoviário, é um exemplo de empresa que pretende se tornar fornecedora para o setor ferroviário de passageiros. Segundo José Antônio Fernandes Martins, presidente do Simefre e executivo da Marcopolo, o plano deve se confirmar com a implementação do trem-bala Rio-São Paulo, com o fornecimento de poltronas, revestimento e piso. "Conforme os investimentos forem se concretizando, vamos perceber um crescimento maior do mercado de fornecedores", diz ele.
(Fonte: Samantha Maia - Valor Econômico)
Ibama quer retirar 100 mil bois da Floresta Amazônica
Numa tentativa de conter o avanço da pecuária sobre vastas áreas da Floresta Amazônica, fiscais do Ibama planejam apreender ou forçar a retirada de aproximadamente 100 mil bois que estão sendo criados em áreas de preservação ambiental na fronteira entre Mato Grosso e Pará, mais especialmente no município de Novo Progresso.
A partir da Operação Boi Pirata II, os fiscais já apreenderam 900 bois nelore e aplicaram R$ 100 milhões em multas em fazendeiros que estão derrubando longos trechos da floresta para formar pastagens. Na mesma operação, iniciada em junho, os fiscais notificaram proprietários a retirar de áreas de preservação 22 mil bois. Até o momento, sete mil cabeças de gado foram vendidas ou transferidas para fazendas com pastagens regularizadas.
Fonte: O Globo.
terça-feira, 29 de setembro de 2009
Oferta de energia no Brasil cresce mais com pequenas hidrelétricas
Em 2008, a capacidade total das usinas de menor porte que entraram em operação foi mais do que o triplo do que das novas usinas hidrelétricas.Rio de Janeiro - A entrada de novas PCHs (Pequenas Centrais Hidrelétricas) vem predominando no aumento da matriz hidrelétrica brasileira do ano passado para cá, segundo dados da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).
Segundo a Folha Online, em 2008, a capacidade total das usinas de menor porte que entraram em operação foi mais do que o triplo do que das novas usinas hidrelétricas. Foram 642,8 MW (megawatts) a mais por parte da PCHs, contra 180 MW apenas oriundos de usinas de maior porte.Este ano, o cenário se mantém, embora mais hidrelétricas tenham iniciado operação. De janeiro até o dia 15 de setembro, 329,7 MW de potência instalada em PCHs passaram a produzir. Ao mesmo tempo, mais 280,6 MW de capacidade oriunda de novas usinas hidrelétricas foram adicionados ao sistema interligado nacional.Estão previstos ainda mais 444 MW pelas PCHs ainda este ano. Caso esse volume seja confirmado, serão 773 MW ao longo de 2009. Se for levado apenas em conta de 2008 para cá, seriam em média, 708 MW anuais. De 2000 a 2007, as PCHs foram responsáveis pelo acréscimo de 136,2 MW anuais na matriz brasileira.Nos próximos anos, A Aneel contabiliza mais 3.293 MW por conta de novas PCHs. Desse total, 1.060 MW não apresentam qualquer restrição. Outros 1.248 MW apresentam algum tipo de restrição, e 985 MW tem graves empecilhos para iniciar operação.Em relação às usinas hidrelétricas, a Aneel prevê 9.496 MW nos próximos anos, dos quais 7.014 MW sem qualquer tipo de restrição -- a maior parte será oriunda das usinas do rio Madeira, que terão 6.400 MW de potência; outros 1.936 MW apresentam algum problema, e 546 MW tem sérios empecilhos.A projeção é que o boom de PCHs aumente ainda mais nos próximos anos. Estudo do CERPCH (Centro Nacional de Referência em Pequenas Centrais Hidrelétricas) indica que o país tem potencial para explorar capacidade de 25 mil MW nas bacias hidrográficas, o equivalente a 25% da potência instalada nacional, pouco acima dos 100 mil MW, atualmente. Para isso, seriam necessários até R$ 125 bilhões em investimentos.Responsável pelas áreas de regulação e de negócios do CERPCH, Jason Tibiriçá lembra que o interesse do mercado nas PCHs vem aumentando ano após ano. Ele ressalta, inclusive, que muitas empresas vêm buscando nos empreendimentos hidrelétricos de menor porte energia suficiente para suas produções, a custos mais baixos.As PCHs têm capacidade instalada de até 30 MW. Este ano, o Congresso aprovou a MP 450, que autoriza a Aneel a conceder autorizações para empreendimentos de 30 MW a 50 MW, mediante algumas condições especiais.Especialista da Geron Consultoria, Claudio Serra, destaca que os impactos ambientais são, normalmente, menores e de solução mais simples do que nas grandes usinas. Além disso, comenta, a venda de energia pode ser feita diretamente a consumidores que possuam carga instalada igual ou superior a 500 kW (kilovolts) e façam opção por não serem cativos.Fonte: África 21 Digital
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
76% dos crimes ambientais ocorrem em área protegida
Estudo divulgado ontem mostra que, de pelo menos 1.200 infrações na Amazônia ocorridas entre janeiro de 1998 e março de 2008, 76% foram registradas em áreas de proteção integral. Segundo o Imazon, o número de crimes é subestimado, pois nem todos são detectados pelo governo e, em muitos casos, a forma de cadastramento das multas não especifica a sua localização. Rondônia e Pará somaram 82% dos casos identificados em áreas protegidas.
Segundo Paulo Barreto, do Imazon, as áreas mais suscetíveis estão próximas a estradas, portanto o governo precisa reforçar a capacidade de prevenção e punição dos crimes antes de ampliar a infraestrutura na Amazônia. Desmatamento, queimada e exploração de madeira foram as infrações mais comuns. Lideram o ranking das áreas protegidas com maior valor de multas aplicadas no período avaliado a Reserva Biológica do Jaru (RO), a Floresta Nacional de Carajás e a Floresta Nacional do Jamanxim (PA).
Fonte: O Estado de São Paulo.
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