terça-feira, 16 de agosto de 2011

Indicadores mostram como as cidades podem ser mais sustentáveis

Pesquisa realizada pelo Secovi-SP e Fundação Dom Cabral elaborou 174 indicadores para cidades mais sustentáveis. Com os objetivos de elaborar a construção de conceitos, temas e indicadores de sustentabilidade no desenvolvimento imobiliário urbano e apresentar recomendações aos setores privado e público para a promoção de cidades mais sustentáveis no Brasil, o Secovi-SP, em parceria com a Fundação Dom Cabral, elaborou a “Pesquisa de Indicadores de Sustentabilidade no Desenvolvimento Imobiliário Urbano”.
A necessidade era criar material para a analise da sustentabilidade na construção de uma cidade, não apenas de construções isoladas, como já é comum na literatura da área. Os indicadores são sobre como “a cidade e o bairro são construídos em moldes sustentáveis, levando em consideração o trânsito, as enchentes que acontecem, como é o transporte público e a área verde disponível para a população”, explica Ciro Scopel, vice-presidente de sustentabilidade do Secovi-SP.
Ainda segundo Ciro, a intenção é que a pesquisa sirva como “indutora de práticas sustentáveis para a área de planejamento urbano. Queremos criar também um novo relatório para fazer o monitoramento desses dados”.
Ao todo, foram elaborados 174 indicadores, divididos em nove grandes grupos: Construção e Infraestrutura Sustentáveis, Governança, Mobilidade, Moradia, Oportunidades, Planejamento e Ordenamento Territorial, Questões Ambientais, Segurança e Serviços e Equipamentos.
“Nós achamos que o maior desafio é ter um planejamento adequado e uma fiscalização eficiente. A primeira coisa é o planejamento. Raramente você vê uma cidade que tenha um plano diretor organizado, e, quando tem, não é bem cumprido. Esses são dois pilares essenciais”, finaliza Ciro
Por Gisele Eberspacher

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

AGESAN se reúne com a ARSESP

No dia de ontem, 10, o Gerente de Fiscalização da AGESAN - Agência Reguladora de Serviços de Saneamento Básico de Santa Catarina, esteve reunuido com técnicos da ARSESP - Agência Reguladora de Serviços Públicos de São Paulo. Estiveram presentes, além do seu Presidente Dr. Hugo Sérgio de Oliveira, os Superintendentes os Drs. José Soares Pimentel e Cláudio Gabarrone e o Analista de Suporte, Sr. Daniel Palácio Alves.

Os assuntos tratados foram, além da avaliação da regulação de Resíduos Sólidos, os projetos de financiamento ao fortalecimento do setor de regulação e sua capacitação técnica, junto à Instituições Financeiras (BID / Banco Mundial) e Ministério das Cidades, bem como a troca de experiências em Concurso Público, já que as duas Agências encontram-se em processo de elaboração de Termo de Referência e Edital para contratação deempresa/entidade que venha a realizar o certame. No caso da AGESAN, exigência legal prevê concurso até o início dom próximo ano. As duas Agências mantém Convênio de Cooperação Técnica assinada em meados deste ano.
A Agência Catarinense estará disponibilizando para Consulta Pública, duas resoluções sobre a regulação do Setor de RSU nos próximos dias (www.agesan.sc.gov.br)

2º Fórum Nacional de Resíduos Sólidos - Segundo dia

No segundo dia do 2º Fórum Nacional de Resíduos Sólidos, promovido pela VIEX Américas, os temas tratados foram: 1) Regulação e formatação de um mercado para energia a partir de resíduos, cujos palestrantes foram o Sr. Sérgio Guerreiro Ribeiro, Presidente da WTERT; Sr. Jean Cesare Negri, Coordenador de Energia da Secretaria de Energia do Estado de São Paulo; Sr. Vinicius Almeida, da Andrade & Canelas; e Sr. Eduardo Isaías Gurevich, da Lacaz Martins Advogados.

O Painel seguinte tratou do Biogás, quanto ao potencial de geração, modelagem financeira da modalidade e tecnologias e foi apresentado pelos Srs. Iule Arruda, da Carbon Capital Markets; José Henrique Penido Monteiro, da CONLURB e Cícero Bley, da Itaipu Binacional. Por últimofoi apresentado o Painel do tema "Incineração: potencial de geração, modelagem financeira da modalidade e tecnologias, pelos Srs. Sérgio Guerreiro Ribeiro (WTERT) e Carlos Alberto Rodrigues da Silva (EMAE).

A VIEX Americas conseguiu realizar um evento de alto nível, cuja frequência e participação surpreendeu a todos e cujo programa abordou de forma muito satisfatória as demandas do Setor de RSU, ficando carente apenas um tratamento mais explícito e formal do Setor de Regulação. Neste sentido este blogueiro, representando a AGESAN - Agência Reguladora de Serviços de Saneamento Básico de Santa Catarina se manifestou por escrito nos formulários de avaliação.
De toda sorte, as principais conclusões foram as de que os RSU vivem uma revolução nos conceitos de valorização econômica, com base nas restrições ambientais e mesmo pela concolidação de tecnologias e criação de outras, trazendo um cenário bastante promissor para investimentos. Para uma modelagem adequada faz-se mister alguns pré-requisitos, entre eles, a elaboração pelo Poder Concedente de seu Plano de Gerenciamento de Resíduos, a formatação de Consórcios Públicos Intermunicipais ou a assinatura de Convênios de Cooperação, a existência de Agência Reguladora e, certamente, projetos de viabilidade econômica.
Para isto, dois itens são fundamentais, a condição dos RSU (qualidade e quantidade) e a escolha da melhor tecnologia. Neste sentido, algumas há algumas opções no mercado, que passam por um arranjo multi-modal, iniciando pela coleta, tratamento e destinação final. Quanto ao tratamento, a produção de energia e a geração de créditos de carbono permitem uma equação muito interessante econômicamente. Em Goiás o projeto "Natureza Limpa" (www.naturezalimpa.com) e em Santa Catarina a REDSOL Energy (www.redsolenergy.com) são exemplos de boas opções oferecidas às administrações públicas, haja vista que em 2014 nenhum resíduo poderá mais ser disposto em aterros sanitários e, muito menos, em lixões.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

2º Fórum de Resíduos Sólidos Urbanos


Acontece em São Paulo, nestes dias 8 e 9, no Hotel Blue Three Premium Morumbi, o 2º Fórum Nacional de Resíduos Sólidos. O evento conta com muitos dos maiores especialistas do país na área e discute e comemora o primeiro aniversário da Lei nº 14.829, de agosto de 2010, que estabelece a Política Nacional de Resíduos Sólidos. A AGESAN esteve representada pelo seu Gerente de Fiscalização Jatyr F. Borges.

No primeiro dia (8) palestraram o Dep. Federal Arnaldo Jardim, com a temática: A visão do Legislativo Federal para o PNRS. Na sequência houveram as seguintes apresentações: Painel A – Regulação, com Sérgio Gonçalves, Secretário de Meio Ambiente e RH do MMA; Diógenes Del Bel, da ABETRE, Adriana Zimmer Ferreira, ABRELPE, João Gianesi Netto, ABPL, Ariovaldo Coadaglio, SELURB, Newton de Lima Azevedo, FOZ DO BRASIL, e Robeto Laureano, do MNCR. O período da tarde foi reservado para mais dois painéis. No B, sobre Operacionalização do Marco Regulatório, falaram Werner Grau Neto, da PPINHEIRO NETO Associados, Antonio Januzzi da ESTRE AMBIENTAL e Simone Paschoal Nogeuira, da SIQUEIRA CASTRO Advogados. No Painel C, sobre Instrumentos Econômicos e Financiamentos, falaram Denise Seabra e Marcelo Rodrigues, respectivamente pela Caixa Econômica Federal e pelo BNDES. Nesta terça (9) as palestras continuam, sobre 1) Regulação e formatação de um mercado para energia a partir de resíduos; 2) Biogás: Potencial de geração, modelagem financeira da modalidade e tecnologias e; 3) Incineração: Potencial de geração, modelagem financeira da modalidade e tecnologias.
Fonte: Elaborado pelo blogueiro

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Desmatamento na Amazônia aumenta 35%

A matéria a seguir nos trás preocupação, primeiro pelo próprio fato do governo não ter forço para conter o avanço da degradação ambiental no Norte do País. Segundo pelas dificuldades de cumprir as metas voluntários do Brasil quanto às emissões de Gases de Efeito Estufa. Vejam:
"O desmatamento na Amazônia neste ano deverá superar o do ano passado. O primeiro sinal claro está nos alertas de desmatamento e degradação do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
O sistema Deter acumulou em 11 meses do período de coleta da taxa anual uma área maior que a captada entre agosto de 2009 e julho de 2010. Até junho, o Deter registrou 2.429,5 km² de floresta abatida. Em relação ao mesmo período do ano anterior, o aumento foi de 35%. No mês, foi de 28%.
Os dados de julho, que completarão os 12 meses da taxa oficial, serão divulgados no final do mês. Mas os dados até aqui já superaram a área desmatada medida até julho de 2010, a menor da série histórica do Inpe. O anúncio da taxa oficial está previsto para o final do ano.
Mauro Pires, diretor de Combate ao Desmatamento do Ministério do Meio Ambiente, prefere não especular sobre a nova taxa. "Vai ficar muito próxima da de 2009 e de 2010", disse. Em 2009, o sistema Prodes indicou o abate de 7.464 km². Em 2010, o Prodes mediu o corte de 6.451 km².
Qualquer número acima do recorde registrado em 2010 significará interrupção de uma queda no desmatamento registrada desde 2008. E pode comprometer os compromissos de redução das emissões de gases-estufa, responsáveis pelo aquecimento global. O desmatamento é a maior fonte de emissão de CO2 no País.
Diferenças. O diretor do Inpe, Gilberto Câmara, chama atenção para as diferenças entre os dois sistemas. O Deter é responsável pelos alertas de desmatamento. É mais rápido e menos preciso, pois não alcança pequenas áreas. O Prodes, no qual se baseia a taxa oficial anual, alcança áreas pequenas, mas só considera o corte raso de árvores.
Câmara confirma o aumento de 35% nos alertas de desmatamento do Deter no período de 11 meses. Mas não autoriza o mesmo tipo de projeção para a taxa oficial anual. "É cedo para isso. Se os dados de julho deste ano forem muito inferiores aos de julho de 2010, como resultado da intensa fiscalização do governo, não se configurará cenário de aumento forte do desmatamento."
Em maio, o governo criou um gabinete de crise, com a participação da Polícia Federal e da Força Nacional de Segurança, para conter o aumento de desmatamento registrado no começo do ano, sobretudo em Mato Grosso. Em junho, o Pará foi recordista em desmate, sendo responsável por 38% do abate de árvores registrado nos seis Estados da Amazônia".
(Fonte: Marta Salomon - O Estado de S.Paulo)

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Serão necessários 27 planetas Terra

Ainda que se multiplicasse por 10 as áreas dedicadas no mundo inteiro a conservar plantas, animais e outras espécies, não seriam suficientes para enfrentar os grandes problemas do século 21: o aumento populacional, o consumo desenfreado e o uso ineficiente dos recursos. E se estas questões não forem enfrentadas, a humanidade chegará aos 10 bilhões de pessoas em 2050 e precisará de outros 27 planetas Terra para pagar o custo ambiental da demanda por recursos, afirma um novo estudo publicado no final de julho pela revista Marine Ecology Progress Series.
O tamanho e o número de áreas protegidas em terra e mar aumentaram drasticamente desde a década de 1980, totalizando hoje mais de 100 mil e cobrindo 17 milhões de quilômetros quadrados de solo e 2 milhões de quilômetros quadrados em oceanos. Entretanto, as espécies se extinguem mais rápido do que antes, alerta o estudo. “Para mim é incrível não termos conseguido enfrentar este fracasso das áreas protegidas”, disse o principal autor do trabalho, Camilo Mora, da Universidade do Hawai.
“Surpreendeu-nos que a evidência dos últimos 30 anos fosse tão clara”, disse Mora à IPS. A capacidade das áreas protegidas para frear a perda de biodiversidade – redução da variedade e do número de espécies vivas – foi superestimada por muito tempo, segundo os especialistas. A realidade é que a maioria não está realmente protegida. Muitas são apenas “parques de papel”, isto é, teoricamente protegidas. Mais de 70% se inserem nesta categoria, alertou. O estudo mostra, ainda, que os gastos mundiais com áreas protegidas são atualmente de US$ 6 bilhões por ano, e muitas não recebem fundos suficientes para uma administração adequada.
Gerir efetivamente estas áreas exige US$ 24 bilhões anuais, quatro vezes mais o investimento atual. “A perda de biodiversidade e suas consequências para o bem-estar da humanidade são de grande preocupação, o que desatou fortes apelos para expandir o uso de áreas protegidas para remediar o problema”, explicou o coautor do estudo Peter Sale, biólogo marinho e diretor-assistente do Instituto de Água, Ambiente e Saúde da Universidade das Nações Unidas. Mas estas “são uma falsa esperança”, disse à IPS.
Consultado a respeito do acordo mundial sobre biodiversidade alcançado em Nagoya, no Japão, para colocar 17% das terras e 10% dos oceanos do planeta sob proteção até 2020, Sale afirmou que “é muito pouco provável que essas metas sejam alcançadas”, devido à crescente necessidade de alimentos e outros recursos. “Mesmo que estes objetivos sejam alcançados, não se deteria a perda de biodiversidade”, acrescentou Sale. Uma das razões é que, uma vez criada uma zona protegida, a indústria se muda para outro lugar para extrair recursos.
Outro dos motivos pelos quais as áreas protegidas não são uma resposta é que não podem controlar o impacto da contaminação ou da mudança climática. Por fim, a pressão sobre os recursos do planeta aumenta tão rapidamente que “o problema foge de toda solução”, ressaltou Sale. A perda de biodiversidade é preocupante, pois se trata do único sistema de apoio que a humanidade tem para sua sobrevivência: fornece desde alimentos, água e ar limpo até recreação e turismo, disse Mora.
A única estratégia hoje é a criação de áreas protegidas, mas “isto é colocar todos nossos ovos em uma única cesta. É necessária uma grande mudança para enfrentar as raízes do problema”, acrescentou Mora. O aumento populacional é a principal causa da perda de biodiversidade. Quando o número de habitantes do planeta era de 5 bilhões, em 1985, o uso de recursos superava o que a Terra podia propiciar de forma indefinida, segundo várias estimativas, disse Mora. Hoje, a população mundial é de 7 bilhões de habitantes, muito mais do que a Terra pode sustentar.
Para 2050, com população estimada em 10 bilhões e sem mudanças nos padrões de consumo, o uso acumulado de recursos naturais equivalerá à produtividade de mais de 27 planetas Terra, segundo o estudo. Para manter os atuais 7 bilhões de pessoas é necessária uma drástica mudança no uso de recursos. Atualmente, a pegada ecológica média de cada cidadão dos Estados Unidos é de 10 hectares, enquanto a de um haitiano é de menos de um. O planeta poderia sustentar toda a humanidade se a pegada média de cada pessoa fosse de dois hectares, calcula Mora. Se há mais gente, simplesmente haverá menos recursos disponíveis para todos, por isso será necessário um controle da população, afirmou.

Fonte: Stepehn Leahy - IPS.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

"Plano Verde" em Mexico City

Até não muito tempo atrás, a Cidade do México era apontada como uma das metrópoles mais poluídas e desorganizadas do planeta. Seus nove milhões de habitantes enfrentavam os desafios típicos das grandes cidades, como congestionamentos e poluição.
Porém, quando foi sugerido em 2008 um “Plano Verde” para buscar soluções para os problemas da capital mexicana, toda a sociedade se mobilizou para colocá-lo em prática.
Agora, a Cidade do México já começa a apresentar bons resultados, como a redução das emissões de gases do efeito estufa, melhorias no transporte público e o aumento das áreas verdes.

Na foto o blogueiro na Avenida Reforma, uma das principais da Cidade do México.
O exemplo mexicano mostra que é possível modificar a situação em qualquer cidade sendo preciso apenas vontade política e empenho popular.

Aluguel de bikes em vários pontos da cidade.
Fonte: Blogueiro e Instituto Carbono Brasil