
Na foto acima os Gerentes de Regulação e Fiscalização, Larissa Tagliari e Jatyr F. Borges juntamente com a Diretora de Assuntos Intitucionais da ARSESP, Karla Bertocco.
Entre os assuntos debatidos obtivesse várias sugestões para que implantação na AGESAN. A Diretora Karla enfatizou a necessidade de instalar uma área de assuntos regulatórios, ou pelo menos que se tenha uma pessoa dentro da Concessionária com que a AGESAN possa se comunicar diretamente. Esta interface é realizada com a SABESP, através da Superintendência de Regulação, ligada à Presidência daquela Companhia. Abaixo seguem algumas informações pertinentes sobre a ARSESP:
- A Taxa de Regulação praticada é de 0,5%, a qual incide sobre o Faturamento Líquido dos Prestadores de Serviços (de todos os municípios em que a ARSESP regula), ou seja, a Receita Operacional menos os tributos incidentes sobre a mesma;
- Não há Agências Reguladoras em Consórcio e Regionalizadas no Estado de São Paulo;
- Quando questionamos a respeito da existência de “Agências Privadas”, Karla informou que não teria sentido ter uma agência privada atuando no Estado;
- A ARSESP não regula ainda todos os Municípios da SABESP – Atua em 174 municípios (contando as Regiões Metropolitanas). Os contratos estão sendo feitos para cada município e têm avançado consideravelmente.
- Para que a ARSESP atue em um município faz-se um Convênio entre o Estado e o Município, o qual é aprovado pela Câmara de Vereadores. Na Renovação dos Programas de Contrato da SABESP se determina a Agência Reguladora de Saneamento;
- Sobre a Regulação Econômica: A SABESP passa as informações em tempo hábil para que a ARSESP possa calcular o Reajuste. São reajuste anuais, de forma linear, porém, atualmente, tem-se pouca margem para reajustar. A ARSESP está recebendo apoio do BID para elaboração de normas econômico-financeiras (contabilidade regulatória);
- Para Municípios deficitários cobra-se a Taxa de Regulação da mesma forma. Como a Taxa é cobrada sobre a Receita, a incidência é a mesma e bancada pela Concessionária. O valor é pago pelo prestador de serviços a partir da receita obtida no município, independente do resultado líquido da concessão ser positivo ou negativo.
- Está publicado na internet, através do site da ARSESP, uma consulta pública a respeito do custo para a ligação da água e sobre a metodologia a utilizar para o reajuste salarial dos funcionários da SABESP;
- Sobre a Regulação Técnica: na ARSESP as Normas publicadas são chamadas de Deliberações quando são decisões colegiadas, e de Resoluções as decisões individuais; para elaboração das deliberações faz-se grupos de trabalhos para discussão com membros da Concessionária, PROCON, Ministério Público, etc, dependendo do conteúdo em debate;
- Sugere-se como primeira Deliberação da AGESAN a criação de um modelo de Contrato de Adesão de acordo com a Lei 11.445/07;
- Sobre o Sistema de Informação da ARSESP, a SABESP dispõe de 12 (doze) horas para informar à ARSESP sobre qualquer incidente ocorrido; os serviços de Atendimento ao Usuário dos Serviços Regulados e Ouvidoria da ARSESP são terceirizados;
- Sugere-se determinar nos convênios o valor das multas a serem aplicadas. Ampliar os valores para que se desestimule a prática dos atos. Mas é necessário criar um arcabouço legal que permita os necessários enquadramentos;
- Sobre a Fiscalização:
- Existem vários tipos de ações fiscalizatórias: - Fiscalização Inicial; Fiscalização Pontual; Fiscalização Permanente; Fiscalização Periódica; Fiscalização Final e estas se dividem em operacionais e comerciais.
- Toda vez que se faz fiscalização (exceção às emergenciais), encaminha-se um ofício com 15 (quinze) dias de antecedência comunicando à Concessionária e uma cópia para o Prefeito do Município (todos os ofícios com AR, protocolo); o Termo de Notificação identifica as não conformidades por ventura encontrados e abre prazo para a Concessionária se manifestar; a ARSESP analisa e se for o caso aplica o Alto de Infração (calcula-se o valor da multa) ou faz-se o Arquivamento ou ainda Recomendações dando prazos para o cumprimento; caso a Concessionária entre com Recurso quem analisa é o Conselho Consultivo;
- Sugere-se manter contato com o PROCON, para saber quais as principais reclamações em relação ao Saneamento.
- A ARSESP não está trabalhando, por enquanto, com a área de resíduos sólidos e drenagem urbana, porém, no dia 28 de maio de 2010 irão realizar um Workshop na área de Regulação e Fiscalização dos Serviços Públicos de Resíduos Sólidos e Drenagem Urbana para discussão do assunto.

Acima os Gerentes de Regulação e Fiscalização, Larissa Tagliari e Jatyr F. Borges durante a conversa com a Diretora Karla Bertocco.
Às 13h e 30 min, o encontro ocorreu com o Diretor de Regulação Técnica e Fiscalização dos Serviços de Saneamento Básico Sr. José Luiz Lima de Oliveira, onde foram discutidos assuntos técnicos da regulação e fiscalização de saneamento.
José Luiz discorreu sobre as três deliberações publicadas pela ARSESP (cujas cópias nos foram cedidas):
- Deliberações de Penalidades;
- Deliberações de Incidentes: Servem de alerta para a fiscalização, porém, nem sempre a ARSESP vai até o local por falta de técnicos. Exemplo: rompimento de adutora;
- Deliberações Técnico-Operacionais.
Para as Revisões Tarifárias faz-se uma metodologia e se publica em Diário Oficial; antes realizam-se consultas públicas para receber as contribuições dos usuários. A maioria das contribuições são da SABESP, PROCON e Associações de Municípios. Mais de 50% das contribuições são acatadas.
O Diretor Luiz nos aconselha a definir um Manual de Fiscalização e a necessidade de termos um respaldo legal (para basear o enquadramento de eventuais multas) para iniciar a Fiscalização. A ARSESP contratou duas empresas para, com base em áreas distintas (uma com 52 municípios e outra com 54) para elaboração de Manuais de Fiscalização. Os dois modelos estão sendo testados nos municípios e a tendência é a incorporação dos dois, formando um terceiro com o melhor de cada um.
Assim como a idéia constante do Plano de Atividades e Metas da AGESAN, em São Paulo também adotaram a estratégia de iniciar por municípios menores, depois médios e por último os maiores.
O Manual de Indicadores Técnico-Operacional da ARSESP trabalha com 5 (cinco) indicadores que já estão definidos no contrato de programa da Concessionária com o Município:
Cobertura de Água;
Cobertura de Esgoto;
Índice de Perdas;
Qualidade da Água;
Atendimento ao Público
As Variáveis utilizadas para esses indicadores servem de base para fiscalizar a Concessionária, a qual pode manipular tais variáveis. Nesse caso há a necessidade de realizar auditorias.
O Diretor José Luiz nos explicou como funcionam as Fiscalizações na ARSESP:
- Fiscalização Inicial: A ARSESP orienta que deveria ser feita logo após a assinatura do convênio e com o Plano Municipal de Saneamento Básico definir as metas de curto, médio e longo prazo;
- Fiscalização Pontual: Ocorrem quando há reclamações dos usuários, imprensa, prefeitos, Câmaras de vereadores, OAB...
- Fiscalização Permanente: é uma fiscalização de Escritório, trabalha-se com indicadores e metas que estão no contrato de programa, cumprimento das normas e atendimento aos indicadores;
- Fiscalização Periódica: ao menos uma vez ao ano no município em cada município regulado – desde a captação até o efluente;
- Fiscalização Final: é realizada depois dos procedimentos realizados nas outras etapas, no caso de inconsistências e no final da Concessão (30 anos).
A ARSESP avisa a Concessionária e o município com 15 dias de antecedência do dia da fiscalização, solicitando documentos necessários para a realização, como por exemplo, croqui do sistema de esgotamento sanitário, de abastecimento d’água, etc. Caso a ARSESP não receba os documentos solicitados dentro do prazo a Concessionária pode ser penalizada.
No dia 11, 12, 13 e 14 estava acontecendo uma fiscalização comercial no departamento de atendimento ao usuário da SABESP. O assessor jurídico acompanha a fiscalização. Nessa fiscalização, caso tenha alguma inconformidade, os técnicos negociam os prazos para adequação ou faz-se uma notificação. Depois da fiscalização faz-se uma Ata e preenche-se um formulário de presença.
A Meta da ARSESP é realizar duas fiscalizações por semana. Há um grande trabalho de bastidores, não só os relatórios mensais e anuais, mas também a análise de documentos. Na área de regulação verifica-se a necessidade de documentos a mais para dar suporte a fiscalização.
No dia seguinte (12) o primeiro compromisso foi para as 10h, na Companhia de Saneamento Básico de São Paulo – SABESP, onde os Gerentes Larissa Tagliari e Jatyr F. Borges foram recebidos pela Coordenadora de Eventos, Luzia Helena Almeida (foto a seguir). Na oportunidade nos foi apresentado a Estação SABESP, um dos melhores modelos de programa de Educação Ambiental. Neste Espaço são recebidas mais de 100 pessoas (entre crianças e adultos) por dia, onde se mostra como ocorre o sistema de abastecimento de água, o sistema de esgotamento sanitário, mostrados vídeos de educação ambiental e interação, conscientização para economizar água entre outras informações.
Os Gerentes de Regulação e Fiscalização Larissa Tagliari e Jatyr F. Borges foram recebidos pela Coordenadora de Eventos Luzia Helena, que mostrou os trabalhos realizados pela SABESP.
Entre outros assuntos foram mostrados os principais projetos realizados pela SABESP:
- Programa Metropolitano de Água: aumento da produção de água assegurando 100% de abastecimento público
- Projeto Tietê: é um projeto de obras destinadas a ampliar a capacidade de coleta e tratamento dos efluentes da Região metropolitana de São Paulo.
- Programa Praia Limpa: Programa de recuperação ambiental da Região Metropolitana da Baixada Santista, promovendo o saneamento e melhorias ambientais, recuperando e preservando as parais, beneficiando mais de três milhões de pessoas.
- Programa Córrego Limpo: Uma parceria do Governo do Estado de São Paulo, SABESP e o Município de São Paulo, para melhorar a situação de degradação de 40 dos principais córregos da Capital. As ações prevêem obras e também a sensibilização e conscientização da sociedade para evitar jogar resíduos nos corpos d’água.

Na sede da Estação SABESP os Gerentes da AGESAN foram recebidos pela Coordenadora Luzia Helena Almeida.
Após fomos recebidos pelo Superintendente de Assuntos Regulatórios, Flávio Naccache (foto abaixo), que nos mostrou a experiência de Regulação e Fiscalização dentro da Companhia.
A Superintendência de Assuntos Regulatórios iniciou os trabalhos na SABESP com negociações de Concessões. A equipe atualmente é composta por 10 pessoas, e um dos principais trabalhos é acompanhar a fiscalização da ARSESP. Nos bastidores analisam-se os artigos das Deliberações feitas pela ARSESP.
Flávio ressaltou a importância da SABESP em se trabalhar somente com uma agência Reguladora, pois, caso contrário, ficaria difícil a Concessionária se organizar para atender diferentes normas.

Os Gerentes da AGESAN, Larissa Tagliari e Jatyr F. Borges foram recebidos pelo Superintendente de Assuntos Regulatórios, Flávio Naccache .
No período da tarde nos encontramos com o Diretor de Tecnologia, Empreendimentos e Meio Ambiente, Wadi Roberto Bom, juntamente com Técnicos da Diretoria, onde discutimos assuntos relacionados aos serviços prestados pela SABESP, projetos, P&D, questões ambientais e relação com a regulação.
Os Gerentes de Regulação e Fiscalização Larissa Tagliari e Jatyr F. Borges foram recebidos pelo Diretor Wadi Roberto Bom juntamente com sua equipe técnica.
Como resultado da viagem pode-se garantir importantes contatos fora do Estado, com a troca de informações sobre o funcionamento das Agências Reguladoras e também os trabalhos técnicos de uma das maiores empresas prestadora de serviços de saneamento básico do Brasil. Uma variedade de material editado pela ARSESP e pela SABESP foram dados de presente aos técnicos da AGESAN e abriram-se as portas pra a troca de experiências e informações.
