quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Integração de normas sócio-ambientais

O planeta esta passando por grandes modificações no que se refere ao meio ambiente. Estas mudanças ocorrem não só com o meio ambiente, mas também com as pessoas. O mercado mundial de produtos está sendo agressivo, isto está acontecendo devido ao aumento do numero da população mundial, de sua distribuição pulação no espaço urbano e rural. O grande desafio para o próximo século para as organizações é enfrentar a concorrência mundial em vários campos da competição, sendo um destes o ambiental. O contexto mundial de evolução dos modelos de gestão das empresas de manufatura teve seu inicio no século XX totalmente voltado para o mundo da produtividade, depois veio o mundo dos custos, a inovação e a Engenharia. A entrega passou a ser uma diferencial onde as empresas de hoje estão voltadas para as suas cadeias de valor. Um grande avanço para o futuro é a proteção ambiental visto que os ecossistemas mundiais esta sob pressão principalmente dos países desenvolvidos. Diante das profundas mudanças na conjuntura econômica, as empresas vêm sendo pressionadas a alterar seus sistemas internos de gestão e, conseqüentemente, seus processos de produção no sentido de reduzir custos e adequar seus produtos às condições e às necessidades do mercado. É neste cenário que os sistemas de gestão da qualidade, gestão ambiental, gestão da segurança e da responsabilidade social têm sido cada vez mais objeto da atenção dos gestores, que os têm adotado como forma de gerar vantagem competitiva em relação à concorrência. Muitas organizações têm buscado mudar sua visão empreendedora, não só olhando para com seus Indicadores Econômicos mas também para os Indicadores Ambientais. Para Santos (2006), a conscientização ambiental empresarial pode ser avaliada à luz de diversos estágios evolutivos, que se constituem a partir da proposição de importantes autores e que formam uma grande pluralidade de níveis de maturidade para a análise da gestão ambiental na organização. As empresas para serem competitivas devem e terão de desenvolver cada vez mais produtos customizados e ambientalmente sustentáveis. Slack (2002) descreve que a magnitude do impacto ambiental está diretamente relacionada à quantidade da população consumidora e ao impacto ambiental do processo produtivo ou do produto consumido por essa população. Fontes: SANTOS, F.C.A, JABBOM, C.J.C., Evolução da Gestão Ambiental na empresa: uma Taxonomia integrada a gestão da produção e de recursos humanos, Gestão e Produção, 2006, v.13 pag. 435-448 SLACK, N., CHAMBERS, S., HARLAND, C., HARRI SON, A., JOHNSTON, R. Administração da Produção. São Paulo: Atlas, 2002. Apaptado de artigo do Dr. Roberto Naime, Colunista do Portal EcoDebate, é Doutor em Geologia Ambiental. Integrante do corpo Docente do Mestrado e Doutorado em Qualidade Ambiental da Universidade Feevale - Fonte: EcoDebate

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Gestão de resíduos sólidos, um desafio para os novos prefeitos

Após o fim das eleições municipais, é chegada a hora de os novos prefeitos interromperem as comemorações e começarem a agir para atender as expectativas de seus eleitores. Mesmo aqueles que estão saindo, vitoriosos ou derrotados, mantém suas obrigações e responsabilidades. Entre os inúmeros desafios que estarão à frente da administração das cerca de 5.600 cidades brasileiras está a gestão dos resíduos. Como veremos mais à frente são poucos os municípios que encaram esse problema com a urgência e relevância que o assunto faz por merecer. Ninguém é capaz de negar a importância de termos uma gestão mais correta e eficiente dos resíduos como a estabelecida na proposta da Política Nacional de Resíduos Sólidos- http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm. Também é muito difícil desconsiderar os enormes obstáculos para se conseguir a sua efetiva implementação.
Figura: Esquema do tratamento adequado dos RSU. Para começo de conversa com a nova Lei de Resíduos Sólidos, o lixo deixa de ser lixo para virar resíduo. E, esse tal resíduo, deverá ter um destino muito mais nobre que o pobre lixo jogado por aí, sem qualquer serventia. Resíduo é material valioso para ser usado novamente na cadeia produtiva, pronto para ser reaproveitado, reutilizado, reciclado e não mais descartado. Do plebeu lixo para o nobre resíduo. Do imprestável para se transformar em insumo essencial. Sabe aquele catador de lixo, em sua maioria, subempregado e trabalhando em condições no mínimo pouco favoráveis? Pois esses profissionais irão receber o valor que merecem quando a lei estiver plenamente em vigor. Eles serão reconhecidos pelo serviço essencial que exercem para toda a sociedade e para a manutenção de um meio ambiente mais saudável. A lei também determina, como uma de suas premissas mais importantes, a responsabilidade compartilhada, ou seja, será preciso a participação de todos para o alcance de seus objetivos. Setores público e privado, sociedade civil, cidadãos e como citado acima, dos catadores de material reciclável (notem que não mais os chamamos de catadores de lixo) necessariamente vão ter de fazer parte da mesma equação. Dependerá dessa união o sucesso ou o fracasso da lei. Portanto, no bojo da Política de Resíduos Sólidos, estão propostas pequenas e virtuosas revoluções capazes de trazer enormes quebras de paradigma e grandes alterações no comportamento social. Obviamente, se existem tantas novas situações por assim dizer, não se devem imaginar facilidades na sua efetiva implantação em qualquer área. Despreparo nos municípios Hora de falarmos novamente nas Prefeituras e de seus novos ocupantes ou daqueles reeleitos para um novo mandato. A lei previa para o começo de agosto deste ano a entrega, por todos os municípios do país, de seus planos de gestão de resíduos. Segundo o Ministério do Meio Ambiente (MMA), por volta de 560 municípios, ou 10% do total das cidades brasileiras, concluíram e entregaram esses planos. Os municípios que perderam o prazo não terão direito a receber recursos federais e renovar novos contratos com a esfera federal para o setor. Essa questão ficou, portanto, para as novas administrações. A baixa adesão das cidades pode parecer simples descaso, mas conforme pesquisa da Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) com cerca de 400 municípios, o problema se deve muito à falta de pessoal qualificado para atender aos requisitos previstos na lei. Afinal, para quem achava que para cuidar do lixo bastava um terreno grande para o seu envio e descarte, a lei veio para colocar ordem e mudar um cenário cada vez mais criminoso e urgente. O lançamento indiscriminado de materiais perigosos e contaminantes sem cuidado ou tratamento compromete o futuro e a saúde das pessoas, entre os seus principais e nefastos resultados. O fim dos lixões até 2014 em todas as cidades brasileiras, será uma tarefa com enormes dificuldades em se tornar realidade, se a maioria das cidades permanecerem distantes dessa discussão. No lugar dos lixões, os resíduos só poderão ser enviados para aterros sanitários. Mas a realidade atual, segundo o Ministério do Meio Ambiente, é a de que ainda existem mais de 3 mil lixões no Brasil sendo que nada menos de que 60% dos municípios do país despejam lá seus resíduos. A união faz a força Em recente workshop realizado pelo Instituto Brasileiro de Administração Municipal (IBAM), no Rio de Janeiro, diversos especialistas apontaram a necessidade de se unirem esforços entre o setor privado e os municípios para que a lei alcance os efeitos desejados. Capacitar gestores, realizar um trabalho integrado de educação e conscientização ambiental, garantir incentivos fiscais e justiça tributária para a cadeia de recicláveis são algumas das tarefas a serem trabalhadas em conjunto. Nesse último item, Mauricio Sellos, coordenador do Programa Jogue Limpo que realiza a logística reversa na cadeia de lubrificantes, apontou durante o workshop carioca, o apoio à indústria de reciclagem como urgente e fundamental. “São necessários incentivos fiscais para a cadeia, para quem faz a logística, para quem recicla e para quem consome o material reciclável, do contrário, poderemos ter um volume grande de material reciclado, mas não ter sua utilização” afirmou Mauricio. Para as cidades médias e pequenas, os especialistas apontam a formação de consórcios como um bom caminho para a gestão dos resíduos. Assim, as administrações municipais podem unir esforços para a montagem de seus planos, reduzem seus custos, aumentam a escala na coleta de resíduos e garantem melhores contratos com as empresas do setor, entre outros benefícios. Camilla Passarela Bortoletto, da Abrelpe, apontou que um dos maiores gargalos na gestão de resíduos é o conhecimento técnico sobre o assunto. A ausência de cultura de separação é outro fator complicador na gestão de resíduos. O Brasil produz 220 mil toneladas de lixo domiciliar, o que representa mais de um quilo por pessoa. Ao menos 90% de todo esse material poderia ser reaproveitado, reutilizado ou reciclado. Apenas 1% acaba sendo aproveitado para ter um destino mais nobre do que o de se degradar e contaminar o nosso ambiente. Mesmo assim, mais de um milhão de pessoas trabalham e sobrevivem da reciclagem desse lixo. Os especialistas calculam que o Brasil deixa de ganhar ao menos R$ 8 bilhões por ano ao não reciclar toda essa grande quantidade de resíduos gerados no país. E o lixo continua a aumentar De acordo com o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil, divulgado pela Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), a quantidade de resíduos sólidos gerados no Brasil em 2011 totalizou 61,9 milhões de toneladas, 1,8% a mais do que no ano anterior. Do total coletado, 42% do lixo acabaram em local inadequado. O crescimento na “produção” desses resíduos de 2010 para 2011 foi duas vezes maior do que o aumento da população, que ficou em torno de 0,9% no período. O estudo revela também que, em 2011, foram coletados 55,5 milhões de toneladas de resíduos sólidos. Sendo que 42% desses resíduos foram parar em locais inadequados como lixões e aterros controlados. E, ainda pior, cerca de 10% de tudo o que é gerado acaba tendo destino ainda pior em terrenos baldios, córregos, lagos e praças. Uma política para chamar de nossa A PNRS talvez seja uma das primeiras iniciativas que finalmente, enxerguem o mundo como ele é, ou seja, redondo e finito! Afinal como podemos viver e consumir imaginando que tudo, matérias-primas renováveis ou não, possam ser utilizadas sem qualquer controle ou parcimônia, e depois “jogadas fora”! Apesar de óbvios, foi preciso surgir situações críticas na capacidade de armazenar lixo; casos gritantes de contaminação de solo e água e a ocorrência de sérios problemas de saúde pública. Isso tudo acompanhado de estudos apontando a redução substancial e mesmo o esgotamento de reservas de matérias-primas estratégicas, para concluirmos que esse estado de coisas não poderia continuar do jeito que estava. As cidades, as pessoas e o futuro comum Toda a sociedade, mas às administrações públicas particularmente, caberá também a tarefa de levar as informações sobre a lei de resíduos para todos os seus cidadãos. Hoje, se os setores público e privado avançam vagarosamente no conhecimento e na aplicação da lei, o mais grave em todo esse processo está no desconhecimento dos brasileiros quanto à discussão dessa nova e revolucionária política. Sem a participação do consumidor essa equação não fecha! O cidadão é parte integrante e determinante para a viabilização de todo o projeto. É, portanto, fundamental que as novas prefeituras façam todos os esforços a seu alcance para levar às pessoas, informações sobre os objetivos da nova política e os deveres e direitos nela embutidos. O poder público pode e deve contribuir, por meio da autoridade que lhe foi investida pela população, para promover parcerias com todos os setores da sociedade na implantação de projetos de educação ambiental em escolas e empresas, acompanhadas de campanhas de esclarecimento, com o apoio e o engajamento vital da mídia local. Tais ações vão contribuir substancialmente para reduzir o abismo informativo entre a lei e a população brasileira. Fonte: Baseado no Artigo de Reinaldo Canto é jornalista, consultor e palestrante. Obs.: Publicado originalmente no site Carta Capital.

Tokelau é só sol!

O arquipélago de Tokelau, no Pacífico Sul, tornou-se o primeiro território do mundo a obter toda sua energia através da luz do Sol. Até agora, o país dependia exclusivamente do diesel importado para suprir suas necessidades energéticas.
Cerca de 4 mil painéis solares foram construídos nos três atóis que formam o arquipélago: Atafu, Nukunonu and Fakaofo. O projeto, que custou US$ 7 milhões (R$ 14 milhões), foi financiado pela vizinha Nova Zelândia, que administra o território. "O Projeto de Energia Renovável de Tokelau é pioneiro no mundo. Os três principais atóis do arquipélago agora têm capacidade solar suficiente, em média, para suprir suas necessidades energéticas," afirmou o ministro de Relações Exteriores da Nova Zelândia, Murray McCully. "Até agora, Tokelau era integralmente dependente do diesel importado, o que implicava em pesados custos econômicos e ambientais", acrescentou ele. Pedra fundamental O coordenador do projeto, Mike Bassett-Smith, afirmou que a iniciativa representou uma "pedra fundamental de grande importância" para o arquipélago, que, a partir de agora, poderá investir no bem-estar de sua população. O arquipélago de Tokelau está localizado entre a Nova Zelândia e o Havaí. Grande parte de seus 1,5 mil habitantes vive da agricultura de subsistência, mas muitos acabam decidindo viver na Nova Zelândia ou em Samoa. Os geradores a diesel serão mantidos para emergências.

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